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Produção de gasolina cai 84%

António Nogueira
23/7/2019
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Foto:
DR

A gasolina saiu do estatuto de derivado do petróleo mais produzido, em 2016, para a cauda da tabela de todos os produtos refinados produzidos em Angola, em 2018.

A produção de gasolina em Angola atingiu, no ano passado, o seu pior registo dos últimos três anos ao quedar 84%, para pouco mais de 5,4 mil toneladas métricas contra as mais de 34,6 toneladas, registadas em 2017, indica o relatório de gestão e contas consolidadas de 2018 da Sonangol E.P, recentemente divulgadas.

A gasolina, que em 2016 foi o derivado que mais cresceu em termos de produção (103%), surgiu, em 2018, na cauda da tabela de todos os produtos refinados em Angola, mas antes, em 2017, este derivado do petróleo, muito consumido em Angola, já havia registado um crescimento tímido de 5%, na sua produção, tendo ainda assim reflectido um processamento de 34.649 toneladas métricas, naquele ano.

Depois da gasolina, as variações mais baixas, em termos de produção de derivados de petróleo, recaíram para o Jet B que caiu 45% para 39 mil toneladas cúbicas, para o LPG (menos 36%) para  17.441 toneladas métricas e o oil fuel com 613.884 toneladas (menos 35%). Já a produção de gasóleo, outro dos refinados muito utilizado em Angola, fixou-se em  436.215 toneladas, menos 28%.

Em 2018, a produção total de refinados atingiu as 1.799.767 toneladas métricas, incluindo o gás natural (LPG), 27% abaixo da produção alcançada no ano transacto, segundo ainda o relatório e contas da Sonangol.

Em termos de distribuição, foram comercializadas 4.814.010 toneladas métricas de produtos refinados, sendo 3.569.642 no mercado doméstico e 1.244.368 no mercado externo, incluindo gás butano e propano, correspondente a um decréscimo de 6% no volume total de produtos comercializados, face ao ano 2017.

Tal facto, segundo a Sonangol, deveu-se principalmente a queda das exportações de fuel oil no último trimestre, em virtude da paragem programada da Refinaria de Luanda.

Para suprir as necessidades internas, adianta o relatório da petrolifera nacional, adquiriu-se do mercado externo um total de 3.119.439 toneladas métricas de produtos refinados, tendo a importação reduzido em 5% face ao período homólogo de 2017.

Durante 2018, a Refinaria de Luanda processou 13.680.173 barris de petróleo bruto, correspondente a uma taxa de utilização de 70% da capacidade instalada, uma queda de 10 pontos percentuais, face ao ano anterior, resultado que a petrolífera nacional atribui à paragem programada realizada no 4º trimestre, essencialmente para “reabilitação, substituição e modernização das instalações, para o inicio de mais um ciclo”.