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Professores universitários entram em greve a partir de amanhã

Redacção_E&M
9/11/2021
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Foto:
DR

A greve, convocada por tempo indeterminado pelo Sindicatos dos Professores do Ensino Superior (Sinpes), é de âmbito nacional e resulta da “falta de respostas concretas” da entidade patronal.

Os docentes entram em greve já a partir desta quarta-feira, 10 de Novembro, para exigir aumento salarial, subsídios, melhores condições laborais e fundos para investigação, informou o secretário-geral do Sinpes.

À Lusa, Eduardo Peres Alberto disse que a greve será efectivada “por tempo indeterminado” como resultado da “falta de respostas concretas” por parte da entidade patronal sobre suas exigências. “A greve na quarta-feira, será de dimensão nacional, porque não há respostas concretas por parte da entidade patronal que é o Governo ou o Ministério do Ensino Superior”, afirmou.

Durante a entrevista cedida à agência portuguesa de notícias, o sindicalista informou também que na última semana os docentes sentaram-se à mesma mesa com a direção do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), “mas não houve soluções e por isso a nossa greve está declarada e vai sair já a partir do dia 10”.

Entre as reclamações constantes do caderno reivindicativo remetido ao MESCTI em 12 de maio de 2018, destacam-se a falta de seguro de saúde, aumento salarial, melhores condições de trabalho, melhoria das infra-estruturas, falta de fundos para a investigação científica e extensão universitária, formação contínua dos docentes.

Neste sentido, o órgão ministerial convocou uma nova reunião para terça-feira, de acordo com Eduardo Peres Alberto. Entretanto, o secretário-geral do Sinpes, conforme escreve a Lusa, não acredita que deste encontro saiam soluções concretas para dos docentes, “porque em três anos não conseguiram resolver os problemas”.

“Concedemos a moratória de 60 dias mantiveram-se em silêncio e uma semana antes é que realmente querem vir negociar, portanto nós não podemos alimentar demagogia, a má-fé, é preciso valorizarmos o ensino superior e essa é a nossa posição”, frisou o sindicalista.

À Lusa, uma fonte do MESCTI disse que está prevista para esta semana uma nova reunião com o Sinpes, no âmbito do seu caderno reivindicativo remetido àquele órgão, referindo que ambas as partes “continuam em processo negocial”.

O Presidente angolano reconheceu, no passado dia 05 deste mês, que, "apesar dos esforços que têm sido empreendidos", ainda é uma realidade a "escassez de docentes e funcionários administrativos" para responderem às necessidades específicas de cada instituição de ensino superior em Angola.

João Lourenço, que discursava na cerimónia de abertura oficial do ano académico 2021/2022, assumiu que "há ainda um grande caminho a percorrer para o aumento do corpo docente e de funcionários administrativos em tempo integral".