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Radiografia à África do Sul no período pós-eleições

Justino Pinto de Andrade
31/7/2019
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No mês de Maio, a África do Sul realizou eleições que foram novamente vencidas pelo ANC (Congresso Nacional Africano), liderado por Cyril Ramaphosa, com 57,5% dos votos.

Se atendermos aos resultados atribuídos ao partido de Cyril Ramaphosa, desde o processo democrático iniciado com a libertação de Nelson Mandela, o ANC obteve agora a sua menor expressão, se comparado com os 62,65% de Nelson Mandela, em 1994, de Thabo Mbeki, em 2004, com o score de 69%, ou em2014, ano em que Jacob Zuma obteve 62% dos votos. No recente acto eleitoral, o principal rival do ANC, a Aliança Democrática (AD) liderada por Mmusi Maimane, também perdeu perto de 2% dos votos, face à anterior disputa (22,2%), e o partido dos Combatentes pela Liberdade Económica, do antigo líder da Juventude do ANC, Julius Malema, que obteve 10,8%, subiu cerca de 4%. O partido Frente da Liberdade, de expressão afrikaans, obteve 4% dos votos, contra os 1% que lhe eram apontadas pelas projecções.


A Aliança Democrática, o segundo partido do panorama político sul-africano, surgiu em 2000, como uma evolução, por sucessivas coligações, do Partido Nacional com o Partido Democrático. Em 2004 obteve 12,4% dos votos, tendo conquistado 50 deputados no Parlamento. Em 2009 subiu para 16,7%, em 2014 para 22,2%, e agora, em 2019, desceu para 20,8%.

O teólogo Mmusi Maimane, primeiro líder negro desta formação política, enfrenta ainda a resistência da população negra sul-africana que vê o seu partido como a expressão do domínio branco. Em 2016 teve o mérito de alcançar expressivas vitórias nas eleições locais, conquistando os principais centros urbanos, como Joanesburgo, Pretória, Cape Town e Port Elizabeth. Posiciona-se agora em destaque para uma futura conquista da Região de Gauteng, a mais rica do país.

Leia mais na edição de Julho de 2019

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