Angola registou um aumento de 2,55% nas receitas diamantíferas no I semestre de 2024, comparativamente ao período homólogo de 2023, não obstante este incremento ter sido ‘apoiado’ pelo volume de comercialização de diamantes.
“A receita, em consequência do aumento do volume de diamantes comercializados, sofreu um incremento de 2,5%, portanto, não tem nada a ver com preços, mas, sim, com o volume de diamantes que foram comercializados no período”, afirmou Sendji Vieira Dias, responsável pelo Departamento de Planeamento da SODIAM.
Ao intervir, nesta qurta-feira, 04, em Luanda, na cerimónia de apresentação da produção e comercialização de diamantes durante o I semestre, o representante da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) informou que, no período em análise, se registou um aumento de cerca de 8,46% no volume de diamantes comercializados.
Este aumento, fez saber, foi influenciado essencialmente pelo crescimento do volume de comercialização da Sociedade Mineira de Catoca, que comercializou mais 65% do que no I semestre de 2023.
“Realçar que 80,5% da produção comercializada nesse período era de origem kimberlítica e que, em termos absolutos, o incremento registado foi de cerca de 248 mil quilates”, sublinhou.
Sendji Vieira Dias referiu que, a nível de preços, o sector diamantífero angolano registou uma redução de 5,46%, comparativamente ao período semelhante de 2023.
“Portanto, em termos absolutos, estamos a falar de 11 dólares, e esta queda é essencialmente justificada” por factores de conjuntura global, como aumento da procura de diamantes sintéticos em alternativa aos naturais, a desaceleração da actividade económica na China - que em conjunto com os EUA representam mais de 60% do consumo de diamantes ou de jóias com diamantes -, os conflitos entre Israel e Palestina e Ucrânia-Rússia, elucidou.
A Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) é uma empresa de direito público, responsável por controlar e supervisionar a negociação, compra, venda e exportação/importação de diamantes em Angola.