Lançada com o objectivo de sensibilizar as mulheres angolanas sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, tendo em vista uma melhor abordagem no seu tratamento, bem como prevenir o seu surgimento em mulheres em situação eminente de risco, a campanha está a ser realizada em parceria com o Banco BNI e com a Clínica Isabel Fançony.

Esta última, de acordo com um comunicado que a Economia & Mercado teve acesso, irá oferecer um total de 50 consultas de rastreios destinado para mulheres pertencentes ao grupo de risco e sem condições financeiras para uma avaliação especializada.

“Queremos que estas mulheres se protejam e sejam embaixadoras da prevenção do cancro da mama junto das suas famílias, dos seus amigos e nas suas comunidades” afirmou Rose Palhares, destacando o apoio dos seus parceiros.

Segundo o documento, que cita dados do Instituto Angolano de Controlo de Cancro, publicados no final de 2019, dá conta que Angola regista, anualmente, cerca de 300 novos casos de cancro de mama.

A nota informa que a falta de informação leva a que muitas mulheres cheguem às unidades hospitalares “demasiado tarde e que na maioria dos casos, são pacientes em idade fértil sendo que muitas acabam mesmo por morrer prematuramente com a doença.

Por isso, salienta o documento emitido pela estilista, informa que o foco da sua campanha visa produzir e difundir informações sobre o cancro da mama e explicar como é simples a sua prevenção. “Outubro é um mês muito especial, porque está mundialmente dedicado à prevenção e combate ao cancro da mama, uma doença da qual podemos defender-nos e combater precocemente, de forma muito simples”, disse.

Rose Palhares sublinha que a falta de diagnósticos precoce já provocou a morte de cerca de dois milhões de mulheres em todo o mundo.

Quisemos fazer um conjunto de acções que chegassem às mulheres que reais. Algo que estivesse para lá de uma simples chamada de atenção em loja, ou mesmo online, canais para os quais criámos uma t’shirt e uma máscara, alusivas ao Outubro Rosa, ambas na cor rosa, com a marca do movimento SOU DESSAS, que têm o objectivo de sensibilizar as nossas clientes para este drama, e para a necessidade de nos unirmos em torno da prevenção e combate do cancro da mama” acrescentou.

No entender da estilista angolana, citando a Organização Mundial de Saúde (OMS), se não mudar-se o comportamento no que diz respeito a identificação precoce do cancro da mama poderá causar cerca de três milhões de mortes nos próximos 20 anos. “Temos de baixar este número e isso só é possível se nos comprometermos com a prevenção da doença”, apelou.