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SADC: Mercados cambiais das principais economias sinalizaram “ligeiras perturbações”

Victória Maviluka
29/8/2024
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Foto:
DR

Depreciação das moedas das principais economias da região da SADC ante ao dólar sinaliza a contínua exposição das respectivas economias ao sector externo, assinala o estudo.

Os mercados cambiais das principais economias da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) sinalizaram ligeiras perturbações entre o IV trimestre de 2022 e o IV trimestre de 2023, refere o Boletim Conjuntura Económica Regional.

O estudo, elaborado por especialistas angolanas, ao qual a E&M teve acesso em exclusivo, realça que, estudados os contextos cambiais das economias sul-africana, angolana e tanzaniana, o Kwanza destacou-se com uma depreciação de 66,70% entre o IV trimestre de 2022 e o IV trimestre de 2023, fixando-se em Kz/USD 828,03.

“Esta depreciação foi motivada pela redução da conta de bens, que se fixou em 20.885,4 milhões de dólares até ao IV trimestre de 2023, abaixo dos 32,77 mil milhões de dólares registados no período homólogo”, lê-se na pesquisa sob o título ‘Tendência dos blocos económicos em relação a Angola’.

A mesma tendência, realça o documento, foi observada na África do Sul, que registou uma depreciação cambial de 7,52% entre o IV trimestre de 2022 e o IV trimestre de 2023, face às incertezas do ambiente global e a vários factores específicos do país, incluindo o crescimento lento e a dependência dos preços de exportação de matérias-primas que continuam a pesar no valor da moeda.

Face a um alto crescimento económico que tem registado, a Tanzânia observou uma depreciação na ordem dos 7,51% entre o IV trimestre de 2022 e o IV trimestre de 2023, fixando-se em Xelim/USD 2.507,52.

Esta depreciação cambial tanzaniana, refere ainda o documento, foi determinada pelo défice da balança corrente, que pesou sobre as reservas internacionais, aumentando, desta forma, a pressão sobre a moeda nacional tanzaniana ante ao dólar.

O boletim conclui que esta depreciação das moedas das principais economias da região da SADC ante ao dólar norte-americano sinaliza a contínua exposição das respectivas economias ao sector externo.