Os dados foram avançados pela governante durante a abertura do Conselho de Gestão Integrada Dos Recursos Aquáticos, que decorreu sob o lema: “pelo desenvolvimento sustentável promovamos uma pesca responsável”, cujo encerramento teve lugar na quarta-feira.
De acordo com o Jornal de Angola, estima-se que foram criados milhares de oportunidades de empregos entre os pescadores organizados em cooperativas, dos quais 80% são mulheres intermediárias e processadoras.
A secretária de Estado para as Pescas adiantou que a pescaria industrializada possui um número de embarcações controladas, sendo que quase 50% são pequenas embarcações que usam a arte de pesca de cerco.
Por outro lado, entre outras recomendações feitas no Conselho de Gestão Integrada Dos Recursos Aquáticos, destaca-se a retirada da Lagosta e a Gamba costeira da lista dos produtos proibidos a exportação, bem como a necessidade de se mapear as áreas potenciais para o desenvolvimento da aquicultura, tendo em vista a criação de condições e o surgimento da cadeia de valores no referido subsector. Além destes, recomendou-se, igualmente, a promoção e a realização de estudos das espécies nativas para desenvolvimento da actividade aquícola, assim como introduzir novas tecnologias de produção, extracção e processamento de sal, de modo a aumentar a produção e melhorar a sua qualidade visando a diminuição das importações e aumento de exportações deste produto no âmbito do PRODESI.
Solicitou aos empresários do sector pesqueiro, um apoio na captura de reprodutores a serem utilizados no centro de larvicultura, encontrar infra-estruturas em terra para a conservação de mariscos a serem exportados para à Europa, uma vez que as condições devem estar conformidades com os padrões da União Europeia.
No Conselho de Gestão Integrada dos Recursos Biológicos Aquáticos deste ano apreciou-se as propostas de medidas de gestão das pescarias para 2021, consubstanciadas não só no estado dos recursos, mas também na actividade socioeconómica e do esforço de pesca das diferentes pescarias.
Um terço da proteína animal em Angola é proveniente do pescado e que cerca de 80% deste seja vendido localmente, especialmente espécies como a sardinela, o carapau e em certa medida o cachucho.
A tilápia, espécie conhecida localmente como cacusso, constitui uma espécie preferencial no mercado angolano e está a ser cultivada por empresas comunitárias e também de forma industrial. As capturas da pesca artesanal representam cerca de 30 por cento do total das duas componentes (industrializada e artesanal).