Com a exportação deste volume de ferro, conforme avançou esta semana o Jornal de Angola, prevê-se arrecadação de uma receita de seis milhões de dólares.
Segundo o diário nacional público, que cita o presidente do Conselho de Administração da Companhia Siderúrgica do Cuchi, para tornar possível este primeiro carregamento extraído da mina de Cutato, na província do Cuando Cubango, a empresa investiu no terminal de Sacomar para viabilizar a atracagem e partida do navio.
Rui Silva explicou que o investimento iniciado em 2015 conta, actualmente, com uma força de trabalho de 163 colaboradores directos e indirectos, dos quais cinco expatriados.
Neste sentido, estima-se, por outro lado, que com a conclusão da fábrica e aumento da exploração do minério de ferro, deverá ocorrer um aumento de 1.400 trabalhadores directos, promovendo a integração da população da região e os antigos combatentes.
De acordo com Rui Silva, a fábrica encontra-se a 95% para conclusão, prevendo-se, depois disso, um processo de transformação do minério de ferro em ferro gusa, principal matéria-prima para produção de aço e ferro fundido. Tal operação, ocorrerá por meio de um Alto Forno, adição de outros componentes como carvão vegetal, sílica e calcário.
A CSC é uma empresa de direito angolano, criada ao abrigo do Decreto Presidencial nº 18/15, de 20 de Abril, cuja estrutura accionista conta com a participação da Concessionária nacional para o sector, uma empresa local e um parceiro brasileiro, tornando-se na primeira fábrica de fundição em Angola. As pesquisas e prospecções que determinaram a extensão e valorização do minério, permite-nos estimar um depósito economicamente extraível de cerca de 109 milhões de toneladas, o que resulta de uma expectativa entre 35 e 50 anos de exploração, conforme o ritmo da operação.