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Sindicalistas do BPC exigem suspensão dos despedimentos

Cláudio Gomes
6/4/2021
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Foto:
DR

O órgão de defesa dos interesses dos trabalhadores do Banco de Poupança e Crédito (BPC) exigiu, ontem, segunda-feira, 5 de Abril, a suspensão dos despedimentos colectivos.

A Comissão Sindical do BPC considera que a terceira fase do Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) do banco está a ser marcada por acções pouco pedagógicas, pois contrariam os interesses actuais do Governo no que a promoção do emprego e da empregabilidade diz respeito.

Segundo a 2ª secretária da Comissão Sindical do BPC, Sofia Nicolau, que falava durante uma conferência de imprensa sobre promoção e esclarecimento do PRR, consta do caderno reivindicativo a revisão dos despedimentos por extinção, uma vez que só há encerramento de algumas agências mas os postos de trabalho ainda existem.

Os actuais despedimentos, avançou a sindicalista, estão a acontecer em um cenário como se tratasse de falência da empresa, pois são despedimentos colectivos e estes só se verificam quando há a falência total da empresa. “O que se verifica é que o BPC mantém os postos de trabalho”, disse.

Em relação às indemnizações estipuladas, Sofia Nicolau apelou justiça, sugerindo que sejam dados, pelo menos, àqueles com mais de cinco anos de trabalho ou não, um milhão e 500 mil kwanzas por cada ano de trabalho e que essas não sejam tributadas.

“Então uma pessoa que perde o emprego ainda paga Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT)?” Questionou a sindicalista, referindo que estão a apelar uma indemnização justa para a pessoa reerguer-se, argumentou.

Por sua vez, escreve a Angop, o 1º secretário da comissão sindical, Carlos Quarenta, considerou que o processo está a ser selectivo e incoerente. Para o sindicalista, o processo está viciado e sem transparência, porque não se adequam aos que são usados a nível nacional, nem internacional.

Referiu que para um despedimento colectivo com o impacto e magnitude deste do BPC, não se pode do dia para noite fazer as coisas acontecer. Como as pessoas estão a pensar, interrogou-se.