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TAAG desmente cedência de 35% do capital à Emirates

Cláudio Gomes
5/11/2018
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Foto:
DR

O porta voz da companhia angolana (TAAG), Carlos Vicente, refutou, esta semana, informações sobre alegada venda de 35% do capital da copmpanhia de bandeira à congénere dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o Jornal de Angola, este responsável mostrou-se surpreendido com tal informação tendo, por isso, assegurado em entrevista prestada à este órgão público que “não há nada oficial” quanto a suposta cedência de 35% do capital da transportadora à Emirates.

Continuando, o diário avança que tal informação foi inicialmente publicado numa das edições do semanário “Novo Jornal” e retomado, posteriormente, por outros órgãos de informação entre eles portais.

Por seu turno, na sua última edição, o Novo Jornal afirma, citando uma fonte ligada ao Ministério dos Transportes que “a Emirates deverá ser a primeira companhia a entrar no capital social da TAAG, no âmbito do processo de privatização da transportadora aérea nacional”.

Sem revelar o nome da fonte, o semanário informa que a eventual percentagem do capital social a ser cedido pela companhia angolana à Emirates, “não ficará abaixo de 35%”, o que veio a ser desmentida pelo seu porta-voz.

Por conseguinte, em Novembro de 2013 o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC), avança o Jornal de Angola,  assinou com a transportadora dos Emirados Árabes Unidos, um acordo de cooperação operacional e comercial.

Conforme se pode ler na edição online do Jornal de Angola de 5 de Novembro, a implementação do referido acordo passava por duas fases e estabelece um programa de acções de cooperação nas áreas da formação, serviço de passageiros, de carga e o de passageiro frequente. 

Nesta senda, o Ministério dos Transportes e a Emirates assinaram, em Setembro de 2014,  no Dubai, outro acordo de parceria estratégica, em que a TAAG passaria a gestão da companhia angolana à sua congénere dos Emirados Árabes Unidos.

Este acordo previa a implementação de um novo modelo de administração composto por nove membros, dos quais cinco indicados pelo Governo angolano, nomeadamente o Vice-Presidente do Conselho de Administração, quatro administradores não executivos e quatro administradores executivos indicados pela Emirates, incluindo o presidente do Conselho de Administração.

O referido acordo foi rompido unilateralmente pela Emirates, a Julho de 2016 por alegadas "dificuldades " no repatriamento dos lucros que obtinha em Angola.

Confeito, em Setembro deste ano, o Presidente da República, João Lourenço,  aprovou, num decreto, a transformação da companhia aérea nacional (TAAG) numa sociedade anónima.  No mesmo despacho o Chefe de Estado angolano decretou a criação da TAAG, SA, “sem quebra de identidade e personalidade jurídica”, em substituição da TAAG - Linhas Aéreas de Angola, EP.