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Taxa de desemprego em Angola fixa-se em 29,6% 

Joaquina Dungue
16/2/2023
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Foto:
DR

A taxa de desemprego em Angola fixou-se em 29,6% no quarto trimestre de 2022, apontam os dados do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

De acordo com o INE, o País registou uma desaceleração de 0,4 pontos percentuais (pp) na taxa de desemprego quando comparado com o terceiro trimestre de 2022.

É necessário recuar até ao segundo trimestre de 2019 para encontrar o menor registo, quando a taxa de desemprego se fixou nos 28,7%, altura em que o indicador começou a ser calculado trimestralmente. Quanto ao número de desempregados, o INE indica que foi de 4,9 milhões face ao trimestre anterior, um aumento de 7,6 mil pessoas.

A taxa de desemprego na área urbana (38,5%) é de pelo menos  3 vezes superior à da área rural (13,5%), com uma diferença de 25,0 pp. 

Sobre a população empregada no período emanálise, o estudo mostra que aumentou 222,5 mil, ao sair de 11,5 milhões no terceiro trimestre para 11,7 milhões no quarto. A taxa de emprego foi de 63,1%.

Na área rural, a taxa de emprego é superior à urbana (79,7% e 54,4%) respectivamente, à semelhança da evolução ocorrida em quase todos os trimestres, resultando numa diferença de 25,2 pp. A taxa de emprego das mulheres (63,7%) é superior à dos homens (62,5%).

A agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca com cerca de 50% é o sector que absorve maior parte da população empregada, seguido do comércio por grosso e a retalho (21,7%).

As actividades financeiras, imobiliárias e de consultoria (0,7%) foram as que menos contrataram. A nível nacional, a maioria das pessoas encontra-se no emprego informal 80,5%. Destes, 50,3% trabalha por conta própria, 29,5% trabalhadores familiares e 10,7% e trabalhadores para o consumo próprio.    

Os dados do INE também indicam que a taxa de emprego informal é maior na área rural que na área urbana (79,7% e 54,4%) respectivamente. Desemprego nos jovens dos 15 aos 24 anos deida de continua acima dos 50%.

A taxa de desemprego juvenil foi de 52,9%, sendo necessário recuar até ao segundo trimestre de 2019 para encontrar o menor registo de 52,6%.

O INE revela ainda que o número de desempregados nesta faixa etária aumentou 24,5 mil pessoas no quarto trimestre, ao sair de 2,9 no terceiro trimestre para 2,9 milhões no último trimestre do ano passado. Quanto à população empregada dos 15 aos 24 anos foi de 39,6%. A taxa de emprego nos homens foi de 40,6% e nas mulheres de38,7%.