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“Temos um caminho muito longo a percorrer”

José Zangui
28/2/2022
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Foto:
Isidoro Suka

A empresária Biatriz Frank acredita que se forem feitos investimentos, daqui a cinco ou 10 anos, a indústria da moda começará a dar os pequenos passos rumo a sua afirmação no mercado.

Em entrevista à Economia & Mercado, a empresa angolana descreve o seu percurso como profissional da moda angolana, bem como dos investimentos cujo volume de vendas registou um aumento de mais de 60% nos últimos anos.

Começou cedo no mundo da moda. O que a motivou?

Tinha 17 anos e tive de superar as dificuldades por que passei na vida. Como sempre gostei muito de moda e, sobretudo, de ver as pessoas bem arranjadas, achei que podia contribuir para isso com o meu bom gosto.

Como avalia a indústria da moda no país?

A indústria da moda é fundamental, na medida em que faz mover desde agricultura (plantação de algodão) à indústria transformadora, passando, entretanto, pela indústria criativa, nomeadamente com o envolvimento dos designers, estilistas e modelistas. Esta indústria faz gerar milhões de empregos e receitas. Nós gastamos muito dinheiro com importação de roupas, exportamos imensas moedas. Todos esses gastos deviam ser canalizados para o país. Em termos de produção de moda, em Angola ainda estamos muito aquém do desejado, ou seja, temos um caminho muito longo a percorrer para começar a fabricar uma moda propriamente “Made in Angola”. Se investirmos, daqui a cinco ou 10 anos, é que vamos começar a ter uma indústria de moda a dar os pequenos passos…

Leia o artigo completo na edição de Fevereiro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

“We have a very long way to go”

You started early in the fashion world, what motivated you?

I was 17 years old and had to overcome the difficulties I went through in life. As I have always loved fashion, and especially seeing people well-dressed, I thought I could contribute to this with my good taste.

How do you assess the current situation of the fashion industry in the country?

The fashion industry is fundamental, as it moves from agriculture (cotton plantation) to the manufacturing industry, and then to the creative industry, namely with the involvement of designers, stylists, and pattern makers. This industry generates millions of jobs and revenues. We spend a lot of money on imported clothes, we export a lot of money. All this spending should be channeled back into the country. In terms of fashion production, we are still far behind the desired level. In other words, we have a very long way to go to start producing fashion that is properly “Made in Angola”. If we invest, in five or ten years, we will start to have a fashion industry that is taking those crucial small steps...

Read the full article in the February issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).