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Trabalhadores da TCUL em greve parcial

Cláudio Gomes
24/10/2018
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Foto:
DR

Na sequência da greve parcial que se regista desde hoje, terça-feira, na Empresa de Transporte Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL), levou a redução da sua frota de 80 para 20 autocarros em circulação.

Dos 90 mil passageiros transportados diariamente por esta companhia pública, apenas 22 mil e 500 passageiros poderão contar com os préstimos da TCUL nos próximos dias, o que vai aumentar o grau de dificuldade dos cidadãos que fazem dos autocarros o seu principal meio de locomoção.

O caderno reivindicativo apresentado pelo sindicato à administração da empresa, consta entre outras exigências, a regularização e o reajuste salarial, os pagamentos do INSS, do subsidio de alimentação e de diuturnidade, implementação do qualificador ocupacional e o seguro obrigatório contra acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Segundo a Angop, citando o coordenador do grupo sindical da TCUL, Octávio Francisco, que falava hoje em entrevista a esta agência, os trabalhadores da TCUL exigem da administração da empresa, um reajuste nos salários dos trabalhadores na ordem dos 5%, 10% e 30%.

Continuando, o representante dos sindicalistas, decifrou os acréscimos detalhando que para os trabalhadores que ganham de 35 mil a 94 mil Kwanzas, esperam um acréscimo de até 30%, para os que auferem de 94 mil a 141 mil Kwanzas, esperam um aumento de até 10% e um acréscimo de até 5% para os trabalhadores com um salário que vai de 141 mil a 232 mil Kwanzas.

Octávio Francisco, disse ainda que a segurança social não tem sido paga há muitos anos, e que existem “mais de 100 trabalhadores que se encontram doentes, mas que não fazem parte da junta médica”.

Este representante alertou que nas próximas 72 horas, contando a partir de hoje (23 de Outubro), a paralisação vai passar de parcial para geral, caso os dirigentes da empresa(TCUL) não dialogar com os trabalhadores.

Por sua vez, a entidade patronal, representada pelo responsável do departamento de Comunicação e Imagem da TCUL, Jesus Dias dos Santos, explicou que em relação à regularização da dívida com a segurança social, IRT, subsídio de diuturnidade e de alimentação, assim como a melhoria da assistência médica e medicamentosa, estão a ser analisadas.

Por conseguinte, este dirigente reconheceu que parte das reivindicações feitas pelos sindicalistas perdura há mais de 10 anos. Jesus Dias dos Santos disse que a empresa não tem condições para saldar, na totalidade, a dívida por conta da situação económica e financeira do País que afecta a empresa em particular.

Assim sendo, o responsáveldisse que o qualificador ocupacional, está a ser implementado com o acompanhamentoda própria comissão sindical.

Jesus Dias dos Santosexplicou, ainda, que o conselho da administração vai dialogar com ostrabalhadores, para chegar a um entendimento, de modo repor o normalfuncionamento da Empresa.

Visando melhorar o diálogoe reforçar a aproximação com a Comissão Sindical o novo conselho de administraçãoda empresa nomeado em 2017 tem partilhado informações com o grupo sindical,como o fornecimento de relatórios sobre as receitas arrecadadas pela TCUL.

Os 20 autocarros em circulação estão a fazer apenas as rotas (Capalanca/Primeiro de Maio, Vila de Cacuaco/Sequele, Sanatório/Benfica e Zango/Vila de Viana).