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UNFPA preocupado com a falta de autonomia corporal de mulheres e meninas

Cláudio Gomes
30/6/2021
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Foto:
DR

A falta de autonomia corporal tem implicações além dos profundos danos nas mulheres e meninas, refere a agência da ONU no denominado "Relatório da Situação da População Mundial 2021".

Apresentado esta semana, numa das unidades hoteleiras de Luanda, com a epigrafa “Meu Corpo Me Pertence”, o documento do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA)analisa o poder e a capacidade de mulheres e meninas em fazer escolhas sobre o próprio corpo, sem medo da violência e sem que outros interfiram na autodeterminação de cada pessoa.

Potencialmente, refere o documento, a falta de autonomia corporal tem implicações para além dos profundos danos nas mulheres e meninas, sendo que “pode retrair a produtividade económica, minando as competências e resultando em custos adicionais para os sistemas judiciais e de saúde”.

O encontro visa apresentar dados concretos de como a autonomia corporal nas mulheres é um passo importante para erradicar problemas que ainda impactam de forma negativa na dinâmica do desenvolvimento económico dos países em estudo.
Em 2020, o preconceito extremo contra filhas a favor de filhos, o casamento infantil e a mutilação genital feminina, foram três das 19 práticas que mais preocupam o UNFPA.

No Relatório sobre a Situação da População Mundial 2020, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) salientou que tais práticas violam os direitos humanos a nível global e condicionam sonhos de centenas de meninas afectadas.