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Violência contra mulher tende a aumentar com a Covid-19

Cláudio Gomes
21/5/2020
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Foto:
DR

Com a Covid-19 e o isolamento social, a violência contra a mulher tendem a aumentar em cerca de 30% a nível global, alerta o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), em nota de imprensa.

Por isso, refere o documento recepcionado esta quarta-feira, 20, pela Economia & Mercado (E&M), os cuidados e o apoio devem estar disponíveis para todas as pessoas sobreviventes das crises.

Em Angola, uma em cada três mulheres com idades compreendidas entre 15 e os 49 anos, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015-2016, do Instituto Nacional de Estatística (INE), já sofreu algum tipo de violência física desde os 15 anos.

Dada a tendência crescente de actos de violência contra mulher em tempos de pandemia, o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), procederá, com apoio do UNFPA, o lançamento oficial da “Linha de Apoio à Violência Baseada no Género, em contexto de COVID-19”.

O acto, salienta a nota, terá lugar na quinta-feira, 21, pelas 14 horas, na sede do Governo da Província de Luanda, e servirá de apoio “a quem mais precisa”, tendo em conta a tendência crescente de casos de violência doméstica contra a mulher.

“Em tempos de crise, as mulheres e meninas podem estar em maior risco de violência por parceiro íntimo e outras formas de violência doméstica devido ao aumento das tensões na família”, lê-se no documento enviado pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU), para a população.

Como os sistemas que protegem mulheres e meninas, refere, incluindo estruturas comunitárias, podem enfraquecer ou quebrar, devem ser implementadas medidas específicas para proteger, mulheres e meninas, do risco de violência por parceiro íntimo com a dinâmica de risco imposta pela Covid- 19.

Segundo o documento do UNFPA, por outro lado, as mulheres representam 70% da força de trabalho em serviços sociais e de saúde ao redor do mundo e, por esta razão, deve-se prestar atenção especial à maneira como o seu ambiente de trabalho pode expô-las à discriminação.

Neste sentido, e tendo em conta o grau de exposição da mulher a riscos variados, também no âmbito da parceria entre ambas instituições, o UNFPA, procederá, em “resposta humanitária” ao MASFAMU, a distribuição de cerca de 2.000 kits de higiene para mulheres e meninas vulneráveis que serão distribuídos também em Luanda.

O UNFPA está comprometido em trabalhar com as entidades governamentais, demais parceiros da sociedade civil e respectivas agências das Nações Unidas para que até 2022, Adolescentes, Jovens, Mulheres e os mais vulneráveis sejam priorizados nas políticas e programas sociais, económicos,culturais e ambientais, incluindo em contextos humanitários, nomeadamente durante a pandemia do COVID- 19.