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PATROCINADO

Workshop promove boas práticas empresariais

Cláudio Gomes
19/10/2018
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Foto:
DR

Tendo em perspectiva a mudança do actual paradigma mundial, mais de 9.819 mil empresas e organizações sem fins lucrativos de 164países, subscreveram o Pacto Global das Nações Unidas (ONU).

No seguimento deste compromisso internacional, realizou-se, recentemente, em Luanda, o Workshop Sobre o Pacto Global e as Empresas Angolanas, que serviu também para apresentar as experiências das empresas angolanas que comprometerem-se com a promoção dos Direitos Humanos, relações laborais, meio ambiente e o combate à corrupção.

Entre as empresas signatárias no Pacto, constam apenas três empresas angolanas, todas afecto ao sector público e dos transportes que decidiram engrenar na esfera internacional das boa práticas empresariais, perspectivando a adopção de práticas de negócios e valores fundamentais internacionalmente aceites.

Deste modo, o Presidente da Associação Cristã de Gestores e Dirigentes (ACGD), Zeferino Estêvão Juliana disse, a margem do evento, que um dos objectivo do evento foi a apresentação dos princípios da referida iniciativa.

“O workshop serviu para divulgar os dez princípios do Pacto Global à várias correntes, tanto do sector público quanto do privado, bem como da sociedade civil. Deste modo pretendemos criar as bases necessárias para o surgimento de outras empresas”, disse, lamentando a falta de códigos de ética e de outros documentos normativos em muitas instituições angolanas.

Presidente da ACGD, Zeferino Estêvão Juliana

“A maioria das empresas não têm códigos de ética”, denunciou, salientando, que “as empresas privadas” são as que mais negligenciam tal. Continuando Zeferino Juliana disse que apenas “algumas empresas públicas têm estes documentos normativos, mas muitos destes códigos não são consensuais”.

Por outro lado, a frenética crise económica e financeira iniciada em 2014, deixou vários desafios, sendo a melhoria do ambiente de negócio um dos principais desiderato a se alcançar.

Por este motivo, o Coordenador Residente das Nações Unidas e Representante do PNUD em Angola, Pier Paolo Balladelli garantiu que o Pacto Global pode ajudar a melhorar a imagem do país no exterior através da credibilização das instituições angolanas.

“A adesão das empresas angolanas, e o cumprimento dos requisitos necessários, será um importante indicador do compromisso do país com as questões de transparência e de bom ambiente de negócios”, sublinhou em entrevista a E&M, tendo acrescentado que este seria “um passo fundamental para atrair investimento privado e parcerias duradouras”.

Coordenador Residente da ONU e do PNUD em Angola, Pier Paolo Balladelli

Por outro lado, em representação da Associação Fratres, José Sapépua disse que para que se possa ter maior consciência sobre o Pacto Global, é necessário que hava maior divulgação da iniciativa juntos dos actores económicos.

“Foi um evento interessante e creio que há necessidade de ser mais difundido para que as pessoas saibam mais sobre o Pacto Global, porque a dimensão em que foi apresentada não reflete a profundidade do assunto em termos de negócios”, disse.

Sapepua disse ser importante que “quanto maior for o número de empresas, maior será a visibilidade do país no exterior” considerando que as instituições estão obrigadas a cumprir com os princípios estabelecidos.  

“O elemento essencial para a promoção da transparência, do meio ambiente, da sustentabilidade e do combate a corrupção, é a concretização dos dez compromissos do Pacto, porque o país precisa atrair mais investidores estrangeiro”.

Instituído pelas ONU, no ano 2000, por iniciativa do antigo Secretário-Geral desta instituição internacional, Kofi Annan, O PactoGlobal é considerado o maior movimento de cidadania corporativa do mundo, que estimula as empresas públicas e privadas a adoptarem as boas práticas de negócios aceites, promovendo os Direitos Humanos, Relações Laborais, Ambiente e o Combate à Corrupção.