A banca está sempre disponível para intermediar e fazer empréstimos a bons clientes, basta que estes tenham condições para o efeito, bons movimentos de governance, boas contas e, também, bom capital, afirmou João Pires, Presidente do Conselho Executivo do Caixa Angola.

“Quando emprestamos a um cliente empresário, nós temos vinculação desse cliente, dos seus quadros, dos seus trabalhadores. Portanto, é muito mais interessante do que aplicar esses fundos em que está o Estado. Agora, o cliente tem que ter condições”, sublinhou.

Ao discursar na ‘Angola Banking Conference’, que decorre no Hotel Epic Sana, João Pires afirmou, também, que o actual quadro da economia nacional “penaliza” os bancos, sobretudo, no que ao pagamento aos clientes diz respeito.

Por exemplo, quanto às taxas de juros, o PCE do Caixa Angola atirou culpas aos “desequilíbrios da economia”, que supostamente provocam níveis de inflação muito altos e “condicionam o preço do dinheiro”.

Sobre o financiamento ao investimento, João Pires revelou que o Caixa Angola habitualmente pratica a taxa fixa que resulta das linhas "definidas" pelo Banco Nacional de Angola (BNA), possível por virtude do regulador permitir a libertação de reservas.