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Afinal, o calor sentido em Angola foi à escala global. Março foi mais quente da história dos registos

Victória Maviluka
9/4/2024
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Foto:
Andrade Lino

Desde Junho passado, o globo tem batido recordes de calor todos os meses, contribuindo para isso ondas de calor marítimas em vastas áreas oceânicas.

O mês de Março último, durante o qual os angolanos muito se queixaram das altas temperaturas, registou uma média de 14,14º Celsius à escala mundial, ultrapassando o anterior recorde, de 2016.

Segundo o programa europeu de observação da Terra Copernicus, a Terra bateu em Março, pelo décimo mês consecutivo, um novo recorde mensal de calor e as temperaturas do ar e dos oceanos atingiram também um máximo histórico no mês passado.

Março foi, além disso, 1,68ºC mais quente do que no final do século XIX, a base utilizada para as temperaturas antes de a queima de combustíveis fósseis ter começado a crescer rapidamente.

Desde Junho passado, refere a Lusa citando dados da  Terra Copernicu, o globo tem batido recordes de calor todos os meses, contribuindo para isso ondas de calor marítimas em vastas áreas oceânicas.

Cientistas afirmaram que o calor recorde registado durante este período não foi uma surpresa devido a um forte El Nino, condição climática que aquece a zona central do Pacífico e altera os padrões climáticos globais.

O globo já registou 12 meses com temperaturas médias mensais 1,58ºC acima do valor de Paris, de acordo com os dados do Copernicus.

Em Março, a temperatura média global da superfície do mar foi de 21,07ºC, o valor mensal mais elevado de que há registo e ligeiramente superior ao de Fevereiro.

Janeiro e Fevereiro com temperaturas históricas em Angola

Em exclusivo à Economia & Mercado, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) revelou, em Março passado, que os meses de Janeiro e Fevereiro registaram valores médios de temperatura do ar superiores ao valor normal climatológico do período de referência, que compreende os anos de 1991 a 2020, com valores de anomalias superiores a 1 °Celsius em grande parte do território nacional.

O documento do INAMET destacou a região sudeste, nomeadamente as províncias do Moxico e Cuando Cubango, onde os valores da temperatura do ar foram maiores de 2°Celsius acima do valor normal climatológico, levando em conta o período de referência, que compreende os anos de 1991 a 2020.