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África concentra 83% das reservas de fosfato do mundo. África do Sul e Brasil integram ‘top 10’

Victória Maviluka
29/5/2024
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Foto:
DR

Utilização de fertilizantes, à base de fosfatos, azoto e/ou potássio, dá aos países com as maiores reservas no mundo uma vantagem estratégica, ressalta a World Population Review.

África detém 83% das reservas comprovadas de fosfato ao nível do planeta, contando com cinco países no ‘top 10’, incluindo a África do Sul e o Brasil, indica estudo da World Population Review.

Segundo a instituição vocacionada em pesquisas sobre dados populacionais globais, as reservas de fosfato estão distribuídas de forma muito desigual em todo o mundo, sendo o continente africano de longe em melhor situação.

A África do Sul aparece na 7.ª posição do ranking, numa lista dominada por países do Norte do continente, nomeadamente Marrocos, no 1.º lugar, Egipto (2.º), Tunísia (3.º) e Argélia, na 4.ª posição.

O ‘top 10’ dos países com maior reserva de fosfato do mundo contempla um país de expressão portuguesa: o Brasil, que ocupa o 6.º lugar, depois da China (5.º). Arábia Saudita, Austrália e Jordânia ‘fecham’ a classificação.

A rocha fosfática é a fonte natural de fósforo, um dos três macronutrientes mais utilizados em fertilizantes, juntamente com o nitrogénio e o potássio.

Num mundo onde a agricultura intensiva é dominante e as políticas de soberania alimentar são agora consideradas o ‘alfa e o ómega’ de todas as estratégias destinadas a reduzir a dependência alimentar, observa a World Population Review, a utilização de fertilizantes, à base de fosfatos, azoto e/ou potássio, dá aos países com as maiores reservas no mundo uma vantagem estratégica. 

“Tal como acontece com todas as coisas relacionadas com os recursos globais, as relações geopolíticas desempenham um papel determinante na capacidade de um país aceder, explorar e beneficiar do fosfato localizado em certas regiões do mundo”, sublinha a pesquisa.

É o caso dos fosfatos, que são muito procurados em todo o mundo devido às políticas agrícolas actualizadas pela escassez e pelos picos de preços em 2022 causados ​​pela crise Rússia-Ucrânia, refere ainda a World Population Review.