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África subsaariana pode reduzir peso da dívida pública em 2024 - Banco Mundial

Sebastião Garricha
16/5/2024
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Foto:
DR

Apesar do impulso projectado para o crescimento, o ritmo da expansão económica na região permanece abaixo da taxa de crescimento da década anterior (2000-2014).

A África subsaariana poderá reduzir parte do peso da sua dívida pública, saindo de 61% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 57% em 2024, segundo previsão do Banco Mundial.

A edição de Abril de 2024 do Africa’s Pulse, um inquérito semestral às economias africanas, conclui que a actividade económica deverá recuperar na África Subsaariana, apoiada pelo aumento do consumo privado e pela diminuição da inflação. 

O referido relatório conduzido pelo Banco Mundial prevê que o crescimento acelere de um mínimo de 2,6% em 2023 para 3,4% em 2024, embora ainda com uma fraca recuperação devido às condições económicas globais incertas, aos crescentes pagamentos do serviço da dívida, às frequentes catástrofes relacionadas com o clima e a escalada de conflitos e violência.

A projecção do Banco Mundial indica que o crescimento económico do continente africano significará uma redução do peso da sua dívida pública, que deverá cair de 61% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 57% em 2024, mas ainda com elevado risco de sobreendividamento.

Globalmente, o relatório sublinha que, apesar do impulso projectado para o crescimento, o ritmo da expansão económica na região permanece abaixo da taxa de crescimento da década anterior (2000-2014) e é insuficiente para ter um efeito significativo na redução da pobreza. Além disso, refere que são necessárias políticas transformadoras para abordar a desigualdade profundamente enraizada que impede a África Subsariana de sustentar o crescimento a longo prazo e de reduzir eficazmente a pobreza.

A dívida nacional da África Subsaariana triplicou desde 2019 devido ao aumento dos níveis de dívida interna e externa, tendo sublinhado que o rácio mediano da dívida pública em relação ao seu Produto Interno Bruto aumentou de 29% em 2012 para 53% em 2019 (antes do choque da COVID-19), observou o credor global. Aliás, a edição de Abril de 2024 do Africa’s Pulse revela que o serviço total da dívida aumentou 46,6 mil milhões de dólares entre 2012 e 2022.