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África tem a chave para ‘desbloqueio’ das crises energética e alimentar mundiais, diz João Lourenço

Victória Maviluka
8/5/2024
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Foto:
DR

África precisa de investimento privado e de know-how americano para transformar o continente num “grande produtor e exportador de bens alimentares de qualidade” para o mundo.

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, nesta terça-feira, em Dallas, nos Estados Unidos, que o continente africano dispõe de um conjunto de condições humanas e naturais para ser a solução das crises energética e alimentar que afectam a economia global.

Ao discursar na abertura 16.ª Cimeira Empresarial Estados Unidos-África, na qualidade de vice-presidente da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, João Lourenço referiu que o mundo “deve contar e olhar em primeiro lugar” para África pela abundância de terras aráveis, recursos hídricos, sol e mão-de-obra jovem.

Observou que África precisa de investimento privado e do know-how americano para transformar o continente num “grande produtor e exportador” de bens alimentares de qualidade para o mundo.

“O continente africano pode jogar um papel crucial na superação quer da crise energética como da crise alimentar que o mundo enfrenta. Por isso, entendemos que um olhar diferente dos Estados Unidos da América para África pode ser a chave destes dois problemas que afligem a economia mundial”, disse.

Apelou à comunidade empresarial norte-americana a ser pragmática e a não desperdiçar a “oportunidade que se abre para o benefício de todos”, assegurando “toda a liberdade” de os investidores apostarem em todos os domínios das economias africanas onde houver oportunidade de lucros.

O estadista angolano destacou a potencialidade natural do mercado africano, como a indústria, agro-negócio, pescas, hotelaria e turismo, recursos minerais, petróleo e gás, rochas ornamentais, imobiliária e telecomunicações.

“O investimento privado ou em parcerias público-privadas na construção e gestão de unidades hospitalares de referência, na produção local de medicamentos e de vacinas será muito bem-vindo e acarinhado pelos governos africanos no geral”, sublinhou o Presidente angolano, na qualidade de vice-presidente da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da UA.