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Angola adequa plano de contingência da COVID-19 à gestão da OMS

Agostinho Rodrigues
8/5/2023
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Foto:
Arquivo e DR

O Ministério da Saúde vai adequar o plano de contingência do país à gestão da COVID-19 a longo prazo da Organização Mundial da Saúde (OMS) 2023-2025.

Em comunicado o Ministério da Saúde refere que, irá adoptaras recomendações adicionais da OMS para esta fase de transição, às actuais medidas, de acordo com a situação epidemiológica e a cobertura vacinal do país.

Esta posição é uma resposta do Executivo à declaração da Organização Mundial da Saúde sobre o fim da COVID-19, como uma emergência de saúde global.

O comunicado acrescenta que, face à melhoria da situação epidemiológica do país e no quadro do seu plano de contingência e resposta à COVID-19,o processo da transição de emergência para a fase de controlo da COVID-19 já está em curso.

Consubstancia-se entre outras medidas na integração da vacina contra a COVID-19 na vacinação de rotina, ou seja, toda a população maior de 12anos deve ter pelo menos 2 doses; reforço da vigilância epidemiológica, que significa a testagem de casos suspeitos e contactos e, a notificação obrigatória de todos os casos positivos e dos óbitos; a apresentação do certificado de vacina à entrada ou saída do país, ou na sua falta, o teste negativo da COVID-19.

“O ministério da Saúde congratula-se com esta declaração quesignifica uma vitória dos profissionais de saúde, comunidade científica e todosos outros actores, com realce para toda à população que consentiu inúmeros sacrifíciosdevido às restrições, isolamento que provocou graves problemas de ansiedade edepressão, assim como consequências socioeconómicas sem precedentes na históriada humanidade”, lê-se no comunicado.

Esta notícia, alerta o documento, significa que é hora dospaíses fazerem a transição do modo de emergência para o controlo e prevenção daCOVID-19, junto de outras doenças infecciosas.

Acrescenta ainda que, o sistema de saúde nacional suportou apressão da demanda, sem nunca colapsar, garantindo a continuidade da prestaçãodos serviços de saúde à população.

“A 02 de Março de 2021, Angola iniciou a implementação do planode vacinação, o qual foi crucial para a gestão considerada de sucesso dapandemia, no que o número de casos graves e óbitos diz respeito. Em funçãodesse histórico, o Ministério da Saúde toma boa nota dos alertas do Director - geralda OMS na sua declaração em relação à cautela e prudência no tratamento destanotícia”, sublinha o comunicado.

Reitera, no entanto, que a vacinação foi um elemento crucialno controlo emergencial da pandemia ao nível global até à data.

Contudo, continuará a promover a vacinação contra a COVID-19no país como estratégia primordial do controlo da doença para salvar vidas,baixar o número de casos graves e óbitos, que ainda se registam no país.Actualmente, explica o comunicado, a cobertura vacinal do país é de 47%, compelo menos 2 doses; para que ela seja afectiva na imunidade de grupo deve,segundo a OMS, estar acima dos 85%, sendo esse o desafio do país ao qual todossão chamados a participar.

“Foi um longo e árduo caminho cheio de desafios e sucessos,desde a notificação dos 2 primeiros casos a 21 de Março de 2020 até aos 105.669casos e 1.936 óbitos registados no dia 05 de Maio do corrente ano.

“O país experimentou 4 grandes vagas, provocadas pelasvariantes de preocupação mundial, nomeadamente: Alfa, Beta, Gama, Delta eÓmicron”, ressalta a nota.

A OMS enfatiza, no entanto, que a COVID-19 não acabou comoameaça a saúde global, uma vez que até à data verifica-se uma morte a cada 3minutos e ´”essas são apenas aquelas que foram notificadas”.

De acordo com aquele organismo mundial da saúde, centenas depessoas lutam pelas suas vidas nas unidades de cuidados intensivos e outrosmilhões continuam a viver com os efeitos debilitantes da condição pós - COVID -19. Realça ainda que, este vírus veio para ficar. Continua a matar e está emconstantes mutações, permanecendo o risco do surgimento de novas variantes dosvírus que causam novas vagas de casos e mortes.

“A pior coisa que um país pode fazer agora é usar estas notíciascomo razão para baixar a guarda, desmantelar os sistemas que criou, ou enviar amensagem a sua população que a COVID - 19 deixou de ser uma preocupação, adverteo Director- geral da OMS.