3
1
PATROCINADO

Angola pode atingir a auto-suficiência na produção de milho nos próximos quatro anos

Cláudio Gomes
31/5/2022
1
2
Foto:
Isidoro Suka

O desiderato na produção da cultura do milho poderá ser alcançado nos próximos três ou quatro anos, considerando a apetência dos produtores privado em aumentar as áreas de produção.

À margem da conferência que abordou a “auto-suficiência alimentar em Angola e a visão para a exportação”, realizado recentemente na província de Benguela, o responsável da Associação Agro-pecuário de Angola (AAPA), Wanderley Ribeiro, disse que o prognóstico decorre do aumento das áreas de produção do milho em três vezes mais.

“Temos conversado com responsáveis de várias fazendas que têm vindo aumentar de forma expressiva as suas áreas de produção, nalguns casos duplicando ou triplicando a área produtiva sobretudo para esta componente do milho”, o que para Wanderley Ribeiro, o país está a caminhar num “bom sentido”.

Em relação aos preços desta cultura no mercado, o presidente da AAPA revelou, em entrevista à Economia & Mercado, que o preço está muito baixo e o produtor de milho do sector empresarial "não consegue pôr o milho no mercado porque ele não cobre a estrutura do custo” que para o sector familiar é um preço que promove a pobreza.

Sobre o assunto, explicou que está a ser articulada uma solução com o Governo que tem mostrado abertura ao diálogo para que se encontre uma solução sustentável para o preço do milho, bem como para outros produtos como o arroz.

Segundo ainda o presidente da AAPA, em alguns casos, a intervenção de alguns instrumentos têm desregulado um pouco o mercado. Defendeu que tem de ser encontrada uma solução para este problema, sublinhando que a situação abrange também outros produtos como arroz.

Dentro da conferência sobre a auto-suficiência alimentar em Angola e a visão para a exportação, discutiu-se também sobre o papel da certificação para o agronegócio, conduzida pelo International Finance Corporation (IFC), braço direito do Banco Mundial para o sector empresarial, pela consultora sueca SGS, bem como uma abordagem sobre os Países Baixos no Corredor do Lobito.