Ao intervir numa palestra realizada no âmbito da jornada comemorativa do Dia Internacional de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, a dirigente adiantou, apesar de não quantificar, terem sido remetidos, em tribunal, para julgamento, alguns implicados para responsabilização criminal. 

“As fronteiras angolanas registam um intenso movimento de entrada e  saída de pessoas, propiciando, de certa forma, alguma facilidade para os traficantes”, realçou.

A responsável aconselhou a população, sobretudo a juventude, para o uso correcto das redes sociais, evitando contacto com estranhos, por ser também um meio utilizado pelas redes de tráfico de seres humanos.

Segundo a Angop, Ana Celeste Januário afirmou que as autoridades angolanas têm promovido diversas actividades de combate ao tráfico de seres humanos, entre as quais acções formativas para sensibilizar os cidadãos sobre o perigo.

Já o secretário de Estado para a Juventude, Fernando Francisco João, realçou que o tráfico de seres humanos constitui um grave atentado aos direitos humanos.

De acordo com o dirigente estudos apontam que as principais vítimas, na maior parte dos casos, são mulheres e crianças.

Fernando João, acrescentou, por outro lado, que o desafio exige a participação de toda sociedade civil, com uma estratégia que passa pela informação e a formação das pessoas para identificar, com clareza, esses crimes e denunciá-los atempadamente aos órgãos competentes.

A actividade contou com a participação de representantes dos Serviços de Jesuítas para Refugiados (JRS) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e da classe juvenil e religiosa.