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Angola volta de Washington com garantia de maior cobertura da Corporação Financeira Internacional

Sebastião Garricha
23/4/2024
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Foto:
DR

A delegação liderada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, participou em cerca de 80 encontros, entre eles, bilaterais, reuniões estatutárias, eventos públicos e institucionais.

A Delegação angolana que participou nas reuniões de primavera das Instituições de Bretton Woods, em Washington DC, solicitou à Corporação Financeira Internacional (IFC) maior cobertura em termos de assistência técnica, consultoria e formação para uma posição em que mais activamente se mobilizem investidores para o mercado angolano. 

Durante o encontro com a IFC, o grupo liderado pela ministra das finanças, Vera Daves de Sousa, apresentou o potencial do Corredor do Lobito como ponto de partida, sem negligência o potencial no agronegócio, turismo e as parcerias público-privadas no sector da energia e águas.

“Desafiamos a IFC a ser mais agressiva e ousada naquela que é a sua actuação no mercado angolano, ao que o Vice-presidente prontamente respondeu de forma favorável, tendo adiantado que prevê ter um representante focado apenas para Angola, sem partilhar a atenção com países vizinhos de dimensão similar a de Angola”, revelou.

Relativamente ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Vera Daves de Sousa avançou que o diálogo esteve centrado no domínio da assistência técnica. 

Sublinhou, portanto, que com o MINFIN o trabalho estará focado na melhoria das estatísticas, da contabilidade pública e também na capacitação das equipas no que diz respeito à gestão de tesouraria. 

“No que ao Banco Nacional de Angola (BNA) diz respeito, o trabalho será calibrar as metas de inflação e a forma como a política monetária se desenrola. Os especialistas do FMI vão continuar a apoiar o BNA neste processo, e propuseram-se a fazer uma avaliação, em 2025, aos três pilares do sistema financeiro, que envolvem a banca, seguros e fundos de pensões, e ainda o mercado de capitais, para vermos como é que este sistema se pode tornar ainda mais resiliente”, sublinhou.

Foram igualmente debatidas formas de geração de maior liquidez para os países africanos e avaliadas formas eficazes de estes mesmos países endereçarem os serviços de dívida, assim como discutidos os modelos de desenvolvimento económico necessários para que as economias possam crescer e para que as soluções neste quesito não sejam apenas mitigantes, mas que se possa, progressivamente, sair da “armadilha” do subdesenvolvimento.