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Assimetria pode criar instabilidade no país

José Zangui
1/3/2021
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Foto:
DR

Bispos Católicos, reunidos na Santuário da Muxima, em Luanda mostraram-se, esta segunda-feira, preocupados com agudização da pobreza e o encerramento de muitas empresas por conta da Covid-19.

Para os bispos, a pandemia tornou desumana as relações entre empregadores e empregados e muitos trabalhadores estão a ser maltados e apenas aguentam por falta de alternativas.

Por outro lado, de acordo com os bispos, em conferência de imprensa realizado no santuário da Muxima, no país, agudizou-se as assimetrias entre as populações das cidades e do campo.

Fora das cidades, constataram não haver disponibilidade dos serviços hospitalares, registo civil, policiamento e outros. Reconhecem haver alguma melhoria mas, disseram haver muito ainda por se fazer.

As assimetrias é para os bispos, um dos motivos da instabilidade do país, dai que urge a necessidade de reverter o modelo dos investimentos.

Os bispos mostraram-se também preocupados com os últimos acontecimentos dos assassinatos ocorridos na vila de Cafunfo e, de mulheres pelos seus amantes, por paixões excessivas.

No caso do massacre em Cafunfo, defenderam que sejam apurados com transparência e verdade os factos e que sejam responsabilizados os que violaram a lei, de um e do outro lado, com transparência.

Os católicos apelaram para um discurso político mais didático e não musculado.  

As assimetrias é na visão dos bispos um dos motivos da instabilidade do país, dai que urge a necessidade de reverter o modelo dos investimentos.

Os bispos denunciaram que há no país pessoas que não conseguem ter uma refeição por dia e que disputam lixeira para conseguirem alguma coisa para “ enganar” o estomago, outras enveredaram à prostituição.

“A pandemia veio destampar a falta de capacidade da governação”, para mais adiante defenderem o ressurgimento do Governo de Unidade Nacional (GURN), por entenderem que possa vir a pensar diferente sobre as várias matérias do país.

No capítulo da Segurança Social, os bispos, reunidos em conferência, afirmaram que muitos empregadores continuam a não escrever os seus trabalhados na segurança nos Serviços de Sociais, Sobretudo no sector privado.

Para os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), há muitos angolanos excluídos, nesta matéria por falta destes serviços nalgumas localidades.