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Aumento do consumo global de energia primária pode chegar a 23% até 2045

Redacção_E&M
4/12/2022
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Foto:
DR

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prevê um aumento do consumo de energia primária na ordem dos 23% entre 2021 e 2045, com o petróleo a representar a maior proporção.

De acordo com as previsões avançadas pelo secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, durante a terceira edição da Conferência e Exposição Angola Oil and Gas 2022, realizada esta semana, em Luanda, o aumento do consumo de energia primária deve-se também ao crescimento da população mundial em 1,6 biliões até 2045.

As projecções da OPEP indicam que até 2045, o sector petrolífero global vai precisar de um investimento acumulado de 12,1 triliões de dólares, representando mais de 500 biliões de dólares por ano.

No evento realizado pela Energy Capital and  Power e o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), que decorreu sob o lema “Promover uma indústria de petróleo e gás inclusiva, atraente e inovadora em Angola”, Haitham Al Ghais disse que projecta-se que a procura global de petróleo passe de quase 97 milhões de barris por dia (2021), para 110 milhões de barris por dia em 2045.

“O mundo vai precisar de adicionar em cada ano uma média de 2,7 milhões de barris de petróleo por dia até 2045”, reforçou o especialista, acrescentando que é imperativo não apenas para o país (Angola), ou para essa região, alcançar o seu potencial máximo ao longo dos anos vindouros.

Aumento da produção

Discursando na abertura do fórum, o Presidente da República deixou patente que o Executivo definiu importantes medidas para garantir o aumento da produção petrolífera nos próximos anos. Entre as medidas, João Lourenço destacou a estratégia de licitação de novas concessões petrolíferas para o período 2019-2025 que visa a adjudicação de pelo menos 50 novos blocos, dos quais 20 já adjudicados.

O Chefe do Executivo angolano referiu que a liberalização no sector dos derivados do petróleo abriu espaço para que mais operadores pudessem desenvolver actividade de logística, distribuição e comercialização de produtos refinados. “Convido os investidores a olhar para esta oportunidade de negócio”, apelou.

“Assumimos a responsabilidade de continuar a trabalhar em estreita colaboração com a OPEP e a Organização dos País Produtores Africanos de Petróleo (APPO), para manter o desenvolvimento sustentável dos nossos recursos petrolíferos contribuindo para a transição energética e a diversificação da economia nacional, de forma a maximizar os benefícios para a sociedade angolana e assegurar o retorno dos investimentos realizados”, vincou João Lourenço.