A banca angolana precisa de prosseguir com o plano de inovação para abrir portas a financiamento e investimentos internacionais, observou, nesta quarta-feira, 15, em Luanda, Ricardo Santos, Country Senior Partner da PwC.
Ao discursar na ‘Angola Banking Conference’, que decorre no Hotel Epic Sana, o gestor da consultora internacional considerou que o sector bancário nacional está numa “posição privilegiada” para ajudar o País a avançar com a agenda ESG.
“[A banca tem a capacidade para identificar que projectos, empresas e actividades são as mais viáveis, aquelas que mais valor acrescentam à economia e que maior impacto social positivo podem ter, mas, principalmente, porque podem ajudar estes projectos a tornarem realidade”, referiu.
Este potencial da banca é, na óptica de Ricardo Santos, uma oportunidade para os bancos “atraírem novos negócios”, abrindo portas a financiamento e investimentos internacionais e, desta forma, fazerem crescer os seus balanços com maior diversificação sectorial de actividades e de instrumentos utilizados.
Contudo, observa, para materializar estas oportunidades, a banca angolana “terá que continuar a inovar-se”, tornando-se “mais ágil e inovadora”, aumentando a sua eficiência e competitividade, mas, simultaneamente, reduzindo o risco na tomada de decisões, por forma a salvaguardar os interesses dos seus investidores.
Referiu que esta é, aliás, a opinião partilhada pelos CEO’s angolanos, que participaram no recente estudo da PwC: “Uns dizem que acreditam numa necessidade de reinvenção para que o seu negócio possa ser viável a mais de dez anos”.
Ricardo Santos acrescentou que, no estudo, os CEO’s angolanos enumeraram como principais factores de reinvenção a tecnologia, a regulação e as alterações nas preferências dos clientes.
De iniciativa conjunta da revista Economia & Mercado e da PwC, a segunda edição da ‘Angola Banking Conference’ discute o tema sobre os ‘Desafios, Tendências e Oportunidades da Banca’.