Para a constituição da referida instituição estima-se um valor de 100 mil milhões USD e será mobilizado gradualmente através dos accionistas, avançou Estêvão Pedro, membro do Conselho Executivo da APPO.

Em exclusivo à Economia & Mercado, Estêvão Pedro disse que as negociações para a constituição do banco estão em curso e numa fase avançada, com previsão de término do processo burocrático em breve e o arranque do banco para o segundo trimestre de 2023.

A iniciativa para a constituição do banco resultou da parceria entre a APPO  (Organização dos Produtores Africanos de Petróleo, na tradução portuguesa)  e o Afreximbank. No entanto, cada companhia  nacional de petróleo ou país membro da APPO contribuirá de forma voluntária e de acordo com a sua capacidade financeira.

“Tão logo os países membros da APPO subscrevam-se, o Afreximbank depositará de imediato cerca de 6 mil milhões USD. Este é o grande desafio mobilização do capital”, referiu o também consultor do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

A criação do banco visa reduzir a dependência dos outros continentes relativamente ao financiamento das operações e projectos de petróleo e gás em África. “Esse é um dos desafios que a transição energética impõe à indústria petrolífera africana e os países produtores de petróleo deste continente são chamados a encontrar soluções para o efeito”,  rematou o consultor.

De lembrar que durante a 43ª reunião ordinária da APPO, Omar Farouk Ibrahim foi reconduzido ao cargo de Secretário-geral da APPO para um mandato de três anos. Na mesma ocasião, o Benim foi eleito para exercer a presidência da APPO ao longo do ano 2023, estando a vice-presidência a cargo dos Camarões. Tendo o Gana, Senegal e Namíbia recebido os certificados de filiação na cerimónia de abertura.