No documento, a que a Economia & Mercado teve acesso recentemente, a empresa responsável pela produção e comercialização de açúcar, etanol e energia eléctrica a partir de biomassa, informa que o volume disponibilizado resulta da colheita referente ao ano em curso.

Segundo o director-geral da Biocom, os resultados obtidos durante a campanha de 2021 são satisfatórios, apesar dos efeitos adversos provocados pela seca observada nos meses de Janeiro e de Fevereiro, que impuseram uma redução no cultivo da cana-de-açúcar.

 Apesar da adversidade, Uirá Ribeiro disse que os resultados são animadores  tendo em conta que a empresa conseguiu fornecer cerca de 40% de açúcar ao mercado nacional, o que contribuiu para a estabilização do preço do produto em referência.

De acordo com o gestor, o fornecimento do produto protegeu o mercado da especulação de preços provocada pelas oscilações verificadas nos mercados internacionais, beneficiando a população. 

Em 2022, prognosticou, a empresa pretende aumentar a produção do açúcar com vista a rentabilizar a sua capacidade de produção.

“A Biocom tem como foco a segurança no trabalho, a geração de emprego para os jovens, a capacitação e qualificação de todos os seus trabalhadores, o crescimento através da meritocracia, o desenvolvimento tecnológico, o aumento da produtividade e da competitividade, sempre em respeito pelo meio ambiente, para em breve atingir números de produção de açúcar, etanol neutro e electricidade limpa mais relevantes para a economia, para a indústria e para os cidadãos nacionais”, disse Uirá Ribeiro.

Instalada no Polo Agro-industrial de Capanda (PAC), na província de Malanje, município de Cacuso, numa área superior a 81 mil hectares, dos quais 70 mil são cultiváveis e 11 mil se destinam à existência de áreas de preservação permanente da vegetação, a BIOCOM tem uma capacidade instalada para produzir 2,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar numa área de38 mil hectares. Tem ainda uma capacidade para produzir 250 mil toneladas de açúcar cristal branco, 37 mil metros cúbicos de álcool neutro e para exportar 136 mil Megawatts de energia eléctrica renovável. 

 No seu todo, a empresa tem a trabalhar consigo 3.400trabalhadores directos e 34 mil indirectos. Dos empregos directos, 97% são ocupados por trabalhadores angolanos e 85 % são recrutados na província de Malanje.