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BPC sob auditoria do Tribunal de Contas

Redacção_E&M
21/9/2020
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Foto:
DR

O Tribunal de Contas (TC) admitiu, recentemente, a realização de uma auditoria à gestão do Banco de Poupança e Crédito (BPC), tendo, entretanto, negado que o inquérito já tenha conclusões.

Segundo a Angop, que cita o consultor de comunicação e imagem desta instituição judiciária, Gonçalo Leitão, a auditoria está "em fase de contraditório".

O pronunciamento do TC é uma reação face às notícias postas a circular nas redes sociais, que dão conta da intimação de 12 ex-integrantes de Conselhos de Administração do BPC, para devolverem, ao Estado, viaturas compradas com fundos públicos.

De acordo com a agência de notícias, referindo-se a um suposto relatório do TC, segundo notícias postas a circular nas redes sociais, "estima-se que os gestores terão gasto cerca de 510 milhões de kwanzas na aquisição de viaturas de marca Lexus LX 570 Sport, Ford Ranger Wildtrack e Toyota Land Cruiser, em apenas dois anos".

Nos relatos, refere-se a Angop, no momento do abate dos meios, estes teriam passado "a valer apenas 132 milhões de kwanzas", isto é, quatro vezes menos que o valor inicial da compra.

Com isto, acrescenta a agência nacional de notícias, estima-se que, em dois anos, estes antigos gestores "causaram ao BPC um prejuízo na ordem de 378 milhões de kwanzas".

O consultor Gonçalo Leitão sublinha que foi realizada a auditoria, mas, por forma a evitar juízos de valor, sem que para tal a câmara competente tenha aprovado e fixado o seu texto, o TC declina-se de toda e qualquer responsabilidade das notícias postas a circular.

O BPC viu os seus activos a deteriorarem-se nos últimos sete anos, com prejuízos acumulados, até Dezembro de 2019, de Akz 404,7 mil milhões.

Em fase de reestruturação e recapitalização, o banco público, cujo accionista é o Estado, foi obrigado a encerrar, numa primeira fase, 53 postos de atendimento, o que causou o despedimento de 156 trabalhadores, dos mil e 600 previstos, em todo o país.