Segundo a Lusa, as projeções decorrem de uma sondagem de opinião feita e divulgada recentemente pela empresa IPEC que, curiosamente, esta em linha com outra sondagem de opinião divulgada na semana passada pelo Instituto Datafolha, que também atribuiu uma ampla vantagem ao líder do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre o actual Presidente, Jair Bolsonaro.

Se a primeira volta das eleições presidenciais no Brasil, marcadas para Outubro de 2022, tivessem lugar ontem, 22 de Setembro de 2021, a IPEC desenhou dois cenários possíveis. No primeiro, de acordo com a Lusa, ofereceu aos inquiridos uma lista de cinco possíveis candidatos, onde o favorito seria para Lula, com 48% dos votos, seguido por Bolsonaro, que receberia 23% do apoio.

Entretanto, atrás ficaram o líder trabalhista Ciro Gomes (8%), o governador de São Paulo João Doria (3%), e o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta (3%).

A Lusa avança que a diferença de mais onze pontos do que todos os seus adversários combinados levaria Lula, que Governou o Brasil entre 2003 e 2010, a ser proclamado o vencedor na primeira volta.

Já no segundo cenário, avançou, a IPEC incluiu dez candidatos. Lula obteria então 45% dos votos, em comparação com 22% para Bolsonaro e 18% para os outros candidatos, incluindo o antigo juiz e ministro Sérgio Moro (5%).

De acordo com a agência, com estas percentagens, o antigo líder sindical estaria dentro da margem de erro, que é de dois pontos, para ganhar também na primeira volta, se as eleições se realizassem ontem, 22 de Setembro.

Lula, que foi autorizado a concorrer nas eleições após os tribunais terem anulado as duas condenações por corrupção contra ele, deu a entender que se candidatará ao cargo em 2022, se o PT assim o desejar.

Contudo, Jair Bolsonaro também pretende concorrer à reeleição, embora a sua popularidade esteja actualmente no seu pior desde que está no poder, entretanto, a taxa de desaprovação do seu governo atingiu 53%, quatro pontos acima do inquérito divulgado em Junho pela IPEC.

Os eleitores que consideram a sua administração "boa" ou "ótima" caíram para 22%, o nível mais baixo registado este ano.
Estas percentagens são também semelhantes às da sondagem Datafolha da semana passada.

Os resultados da sondagem IPEC são o resultado de 2.002 entrevistas presenciais em 141 municípios de todo o país, realizadas entre 16 e 20 de setembro.