Olhando para a evolução da dívida externa angolana, chama atenção a que está relacionada com a China. No fim de 2014, a dívida com este país asiático era de pouco mais de 10 mil milhões de dólares, mas a partir do segundo trimestre de 2016 duplicou o valor, tendo chegado a mais de 25 mil milhões de dólares em 2017, estando desde então a diminuir residualmente. A dívida acumulada com a China fixou-se nos 21,6 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2021. Contas feitas, cada angolano deve 656 dólares, (362 mil kwanzas ao câmbio actual), aos chineses.

Segundo os dados do Banco Nacional de Angola, os maiores credores de Angola, ou seja, aqueles em que o Estado pede mais empréstimos, são a China, a qual o país deve 21 mil milhões de dólares, o Reino Unido, com um crédito de cerca de 13 mil milhões de dólares, as organizações internacionais, como o FMI e Banco Mundial, as quais a dívida ultrapassa os 3,7 mil milhões de dólares, seguidos dos Estados Unidos da América, ao qual Angola acumulou uma dívida de pouco mais de 3 mil milhões de dólares.

Referir que não estão incluídos nestes dados os 700 milhões de dólares disponibilizados recentemente pelo FMI, que deverão constar nos dados do stock da dívida referente ao quarto trimestre de 2021.