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Centrais fotovoltaicas contribuem com 4% na matriz pública de produção eléctrica

Victória Maviluka
9/5/2024
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Foto:
DR

Executivo diz que a aposta nestas fontes limpas de produção energética permitiu uma economia anual de três milhões de toneladas de combustíveis fósseis.

O contributo das fontes de energia renováveis, mormente das centrais fotovoltaicas, na matriz pública de produção eléctrica no País cifra-se nos 4%, informou, nesta quinta-feira, 09, em Luanda, o secretário de Estado da Energia.

Arlindo Bota Carlos, que falava na abertura do XIII Fórum de Água, Energia e Ambiente, referiu que, como expressão da preocupação do Executivo pela preservação do ambiente, o sector tem dado continuidade a acções de diversificação sustentável da sua matriz energética.

Sublinhou, a propósito, a conclusão, em 2022, em Benguela, das centrais fotovoltaicas do Biópio, com cerca de 188 MW, e da Baía Farta, com cerca de 97 MW.

Estas centrais, disse o governante, citado pela Angop, contribuem com aproximadamente 4% da matriz pública de produção eléctrica, permitindo uma economia anual de três milhões de toneladas de combustíveis fósseis e, consequentemente, uma redução de emissões de dióxido de carbono na ordem de 9 milhões de toneladas.

Arlindo Bota Carlos referiu, igualmente, que esta matriz de produção de electricidade inclui a primeira fase da Central Fotovoltaica de Caraculo, com cerca de 25 MWdc, num projecto que prevê atingir os 50 MW.

Aumento da taxa de electrificação para 50% até 2027

O secretário de Estado da Energia disse que o Executivo pretende aumentar, até 2027, a taxa de electrificação em todo País na ordem dos 50%, dispondo à data actual de 43%.

Informou que dez das dezoito províncias estão interligadas à rede nacional de transporte, havendo um superávite de produção de energia, sendo prioridade do sector proceder à interligação às demais províncias até 2027.

Arlindo Bota Carlos fez saber, citado pela agência estatal, que Angola atingiu, nos últimos anos, um crescimento exponencial da sua capacidade instalada de produção de energia eléctrica, tendo passado, nos últimos 8 anos, de 2.400 MW, em 2015, para 6.200 MW. Os 39% de geração hídrica foram catapultados actualmente para cerca de 60%.

A geração térmica declinou de 61%, em 2015, para cerca de 36%, em 2023, representando simultâneo decréscimo do consumo anual do gasóleo nas centrais termoeléctricas de 1,36 mil milhões de litros, em 2015, para cerca de 560 milhões de litros consumidos no ano de 2023, representando um decréscimo de quase 60% em 8 anos.