O lucro líquido agregado das companhias aéreas em 2024 deverá ser de aproximadamente 100 milhões de dólares americanos, com uma margem de lucro líquido de 0,6%, segundo dados do relatório Global Outlook for Airport Transport, citado pelo Diário Económico.
De acordo com o DI, o referido lucro representa apenas 0,9 dólares de lucro por passageiro – um valor muito inferior aos 6,14 dólares registados em todo o sector, sendo a dinâmica geopolítica um factor-chave que pesa sobre a rentabilidade este ano.
A nível mundial, a IATA anunciou o reforço das projecções de rentabilidade das companhias aéreas em 2024, em comparação com as suas previsões de Junho e Dezembro de 2023 – um retorno agregado acima do custo de capital. No entanto, “continua a iludir a indústria global de companhias aéreas”.
O documento revela que o lucro líquido deve chegar a 30,5 biliões de dólares este ano, com margem de lucro líquido de 3,1%, significando uma melhoria em relação aos lucros líquidos de 2023, que se estimam em 27,4 mil milhões de dólares.
De acordo com o documento, que inclui outras previsões, o retorno sobre o capital investido em 2024 deverá ser de 5,7%, o que é cerca de 3,4 pontos percentuais (p.p) abaixo do custo médio de capital; Os lucros operacionais devem atingir 59,9 biliões de dólares em 2024, acima dos 52,2 biliões de dólares estimados em 2023; As receitas totais devem atingir 996 biliões de dólares (+ 9,7%) em 2024; O total de viajantes deverá atingir 4,96 mil milhões em 2024 – um recorde histórico – e o volume de carga aérea deverá atingir 62 milhões de toneladas em 2024.
A respeito, o director-geral da IATA, Willie Walsh, refere que num mundo de muitas e crescentes incertezas, as companhias aéreas continuam a reforçar a sua rentabilidade, indicando que o lucro líquido agregado esperado de 30,5 mil milhões de dólares em 2024 é um grande feito, tendo em conta as recentes perdas profundas causadas pela pandemia.
“Este ano, as companhias aéreas, no seu conjunto, obterão um retorno de 5,7% sobre o capital investido, o que é muito inferior ao custo médio de 9% do capital”, sublinha o responsável.