O Governo iraniano confirmou, esta segunda-feira, 20, a morte do Presidente do país, Ebrahim Raïssi, num acidente de helicóptero no Noroeste do Irão, de que foi vítima igualmente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian.
"O Presidente do povo iraniano, trabalhador e incansável, sacrificou a sua vida pela nação", disse o executivo de Teerão, num comunicado após a primeira reunião desde o acidente.
Garantiu, citado pela Lusa, que o desastre não irá causar "qualquer perturbação na administração" do Irão: "Garantimos à nossa nação leal, grata e amada que, com a ajuda de Deus e o apoio do povo, não haverá a menor perturbação na administração do país".
O Governo do Irão não forneceu ainda detalhes sobre os planos de sucessão, mas a reunião de hoje já foi presidida por aquele que tem sido apontado como o possível substituto de Raisi, o actual primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber.
Mokhber, de 68 anos, está no cargo desde 2021 e, anteriormente, liderou o poderoso conglomerado "Execução da Ordem do Imã Khomeini". Por estas funções, é alvo de sanções pelos Estados Unidos desde 2021.
Ebrahim Raisi, de 63 anos, um clérigo religioso de linha dura, foi eleito Presidente do Irão em 2021, numa eleição presidencial com a participação mais baixa da história da República Islâmica.
A sua liderança protagonizou uma intensificação da repressão contra activistas, mulheres e críticos do regime.
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UE expressa "sinceras condolências"
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou, nesta segunda-feira, 20, as "sinceras condolências" em nome da União Europeia (UE) depois de ser anunciada a morte do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi.
"A UE expressa as mais sinceras condolências pela morte do Presidente Raisi e do ministro dos Negócios Estrangeiros [Hossein Amir-]Abdollahian, assim como de todos os elementos da delegação e tripulantes [que morreram] no acidente de helicóptero. Os nossos pensamentos estão com as famílias", escreveu Charles Michel na rede social X (antigo Twitter).