3
1
PATROCINADO

Diplomata angolano contra atitude de Isabel dos Santos

Cláudio Gomes
19/10/2018
1
2
Foto:
DR

O embaixador de Angola na Alemanha, Alberto Correia Neto mostrou-se, recentemente, contra a atitude da empresária Isabel dos Santos, tendo considerado que a mesma “comete erros de palmatória”.

O diplomata angolano fez estas afirmações durante uma entrevista ao “Café da Manhã” emitido ao longo desta semana na rádio LAC, tendo afirmado que a empresaria angolana “beneficiou tanto dos fundos do Estado” e que não devia recorrer a justiça nem uma acção judicial contra o Estado, referindo que a antiga PCA da Sonangol tem sido mal aconselhada pelos seus advogados portugueses.

Alberto Correia Neto criticou a posição de Isabel dos Santos que, segundo ele, pretende levar o Estado angolano a barra da justiça.

Não entendo como é que uma pessoa que beneficiou tanto dos fundos do Estado tenha a coragem de, agora, intentar acções contra o Governo ou o Estado angolano! Não entendo isso!
‍O embaixador de Angola na Alemanha, Alberto Correia Neto

O diplomata acrescentou que o Governo vai 'destapar a panela' caso Isabel dos Santos insista em intentar acções judiciais contra o Governo ou Estado angolano.

“Talvez vamos 'destapar a panela'. Se se destapar a panela, vamos ver o que aconteceu do ponto de vista histórico para ela ser o que é neste momento”, alertou, afirmando que “muita água vai passar por debaixo da ponte”.

O Embaixador foi mais longe, afirmando que os principais beneficiadores da gestão do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos foram os membros do seu partido. 

“Eu também, que estou aqui a falar, me beneficiei! Concordo com o colega (Adriano Botelho) Vasconcelos que defende que o MPLA precisa de fazer uma catarse. Temos de ser suficientemente fortes e autocríticos”, o também general na reserva, parafraseando o slogan “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”.

Alberto Correia Neto admitiu também que as medidas do Executivo poderá descambar numa divisão do partido que governa (MPLA), mas assegurou que o “o partido é suficientemente forte para saber como unir eventuais facções internas”.