A dívida externa total do Egipto aumentou para 168,0 mil milhões de dólares no final de Dezembro de 2023, contra 164,5 mil milhões de dólares registados até Setembro do mesmo ano e 162,9 mil milhões de dólares no final de Dezembro de 2022. 

Os dados divulgados esta quinta-feira, 9 de Maio, pelo banco central do Egipto revelam que a dívida externa total daquele país cresceu 3,5 mil milhões de dólares num período de três meses. 

A instituição citada pela Reuters refere, também, que a dívida externa do Egipto, da qual 82,5% era de longo prazo, corresponde a 43% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

“O Egipto quadruplicou a sua dívida externa desde 2015, utilizando-a para financiar várias iniciativas, como a construção de novo capital, o desenvolvimento de infra-estruturas, a aquisição de armamento e a sustentação de uma moeda sobrevalorizada”, lê-se na Reuters.

Entretanto, pelo que consta dos dados da Reuters, após a crise na Ucrânia, que “resultou numa escassez crónica de moeda estrangeira e provocou um êxodo de investidores estrangeiros”, o governo do Egipto procurou assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo, na sequência, permitido deliberadamente que a sua moeda se enfraquecesse em mais de 35%, numa desvalorização muito esperada, abrindo potencialmente a porta para empréstimos adicionais do credor internacional.

Em Março, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um aumento de 5 mil milhões de dólares ao seu programa de empréstimos ao Egipto. A aprovação aumentou o acordo do mecanismo de financiamento alargado dos 3 mil milhões de dólares inicialmente aprovados em Dezembro de 2022 para 8 mil milhões de dólares.