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Dívida Pública de Moçambique cresce 5,2% em 2023

Sebastião Garricha
23/4/2024
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Foto:
DR

Em 2019, o ‘stock’ total da dívida pública ascendia a pouco mais de 12,3 mil milhões de dólares, pelo que em quatro anos cresceu, em termos nominais, mais de 2,8 mil milhões de dólares.

A dívida acumulada de Moçambique cresceu 5,2% em 2023, atingindo 15,2 mil milhões de dólares (960,6 mil milhões de meticais), ou seja, 73% do seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados avançados nesta terça-feira, 23, pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF) daquele país.

“Apesar deste volume incorporar uma variação ascendente de 5,2% em comparação com a posição do ‘stock’ final de 2022, o rácio de endividamento (dívida em proporção do PIB) do Governo central melhorou pelo segundo ano consecutivo, ao transitar de 78% para 73%”, esclarece o relatório da dívida pública de Moçambique de 2023.

Além disso, o documento citado pela Lusa refere que “esta melhoria é unicamente explicada pelo facto de a taxa de crescimento nominal do PIB ter sido maior que a variação líquida do ‘stock’ da dívida”.

“Não obstante a evolução positiva, as necessidades brutas de financiamento, que correspondem à soma da despesa do Estado não coberta pelas receitas públicas, continuam elevadas, tendo registado uma modesta contracção de 11,8% do PIB em 2022 para 10% do PIB em 2023”, acrescenta.

Em 2019, o ‘stock’ total da dívida pública ascendia a pouco mais de 12,3 mil milhões de dólares (777,3 mil milhões de meticais), pelo que em quatro anos esse acumulado cresceu, em termos nominais, mais de 2,8 mil milhões de dólares (176,9 mil milhões de meticais), equivalente a mais 23%.

Entretanto, em Dezembro de 2023 a dívida total contraída externamente ascendia a mais de 10,3 mil milhões de dólares (650,9 mil milhões de dólares), um aumento de 2,4% no espaço de um ano, enquanto a dívida interna, por via de emissão de Bilhetes e Títulos do Tesouro, bem como de empréstimos do banco central cresceu 11,5%, para 4,9 mil milhões de dólares (309,6 mil milhões de meticais).

“Note-se que em 2023 o ritmo de crescimento da dívida interna abrandou significativamente, mas, ainda assim, por conta do ‘stock’ externo ter voltado a crescer, o ‘stock’ global expandiu-se numa magnitude maior do que os 3,8% registados em 2022”, lê-se no documento.