De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nesta terça-feira (17), a província do Cuanza Sul com 520 773 hectares tem a maior área total ocupada, seguindo da Huíla com 386 347 e Cunene com 323 352 hectares.
Por sua vez, segundo o documento, as províncias do litoral do país apresentam as menores áreas ocupadas com destaque para Cabinda, Luanda e Namibe. Quanto as áreas cultivadas, os números indicam que a província do Cuanza Sul tem maior área cultivada 75 474 ao passo que Cabinda com 2 451 hectares regista menor área cultivada.
Os números indicam que a província do Cuanza Sul tem maior área cultivada do país e Cabinda a menor. Durante a elaboração do RAPP, os empresários do sector agrícola apresentaram uma taxa de não resposta muito elevada, diferente do cenário que se vive nas famílias e nas comunidades.
Durante a apresentação do RAPP no módulo empresarial, o Coordenador Geral Adjunto do INE, Hernany Pena Luís, afirmou que existem cerca de 5 887 empresas a operar no sector agrícola, destas foram recenseadas 5 858 empresas e 29 não foram recenseadas.
A nível nacional, segundo o estudo do INE, as províncias com mais actividades agrícolas empresariais são Benguela e Huambo.
Quanto a obtenção de terras, o RAPP revelou que a maior percentagem de obtenção das parcelas das Explorações Agropecuárias e Aquícolas Empresariais pertence a categoria comprada com cerca de 34,4%, seguida da categoria cedida pelas autoridades tradicionais 24,7%, a herança representa cerca de 20,8%, já a de menor expressão é a categoria cedida pelos membros da cooperativa 0,2%.
Quanto ao financiamento, no período em referência (2021) durante seis meses, em todo o país cerca de 3,6% das Explorações Agropecuárias e Aquícolas Empresariais tiveram acesso ao crédito.
Desagregando por província, pode-se constatar que cerca de 16% das Explorações Agropecuárias e Aquícolas Empresariais da província do Moxico com 15,5%, seguido do Cuando Cubango 9% e Cabinda 6,1% são as que mais beneficiaram de assistência financeira.
Sobre os constrangimentos enfrentados durante a elaboração do RAPP, Hernany Pena Luís lamentou o facto de os empresários do segmento agropecuário mostrarem-se indisponíveis para prestar informações ao INE. Pois a taxa de não resposta destes é muito elevada, diferente do cenário que se vive nas famílias e nas comunidades, acrescentou.