A economia espacial africana encaixou, em 2021, cerca de 19 biliões de dólares, revelou Temidayo Oniosun, director do Space in Africa, durante o dia de abertura da conferência Newspace Africa-2024, que decorre em Luanda.
De acordo com o director do Space in Africa, o encaixe resulta do desempenho de diversas indústrias e segmentos como os sistemas de navegação global, televisões de satélite, serviços de satélite fixos, móvel e manufacturado, serviços de sensação e observação da terra, bem como segmentos de grama.
Ao analisar o “Mercado Espacial em África”, Temidayo Oniosun revelou que os serviços de navegação global e de satélite, que rendem mais de 11 biliões de dólares, são os maiores contribuintes deste mercado.
A propósito, disse, também, que as projecções apontam para um crescimento de até 13 milhões de dólares em 2026, além de revelar que o mercado de sensação e observação da terra da África, em 2021, gerou mais de 170 milhões de dólares em renda, e que deverá crescer, até 2026, por mais de 180 milhões de dólares.
Volume de investimento
Os Departamentos de Gestão Espacial Africanos investiram ,nos últimos sete anos, um valor avaliado em 3 mil milhões de dólares americanos em estruturas satélites de comunicação a nível do continente, revelou Temidayo Oniosun, tendo sublinhado que a cifra estava avaliada em 342 milhões de dólares em 2023.
Entretanto, neste ano, disse o director do Space in Africa, os departamentos de Gestão Espacial já investiram cerca de 400 milhões de dólares em termos de estruturas, números reduzidos devido à depreciação de algumas moedas africanas.
Além disso, citou o Egipto para apontar os progressos do continente a nível de satélites, destacando, no entanto, a “redução da sua aquisição” e o “aumento do investimento em programas locais universitários”.
“A maior parte dos satélites que serão lançados por África em 2027 serão pequenos, com menos de 500 quilogramas e alguns desses projectos já estão em curso”, disse.
Serviços de satélite devem render 2 biliões de dólares a partir de 2026
Os serviços de satélite móvel e fixo geraram, em 2021, mais de 1,26 bilião de dólares em renda, que deverá crescer, a partir de 2026, em cerca de 2 biliões de dólares, estimou Temidayo Oniosun.
Peremptório, o especialista revelou que, em termos dos serviços de satélite TV, o rendimento atingiu os 5,69 biliões de dólares em 2022, sendo que as projecções indicam que o valor deverá crescer, a partir de 2026, em 0,45%.