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Empregabilidade dos formados é um dos indicadores da qualidade do ensino

Agostinho Rodrigues
14/4/2023
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Foto:
DR

A ministra anunciou um conjunto de acções para estimular o empreendedorismo dos estudantes universitários no país.

A empregabilidade dos formados é um dos indicadores da qualidade do ensino, tendo em atenção o impacto produzido na gestão, na formação e ensino, na investigação científica e na extensão universitária.

Quem o diz é a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, que discursava ontem na cidade da Praia, em Cabo verde, na 2ª edição da Conferência Inter-regionalPan-Africana Inter-regional da AUF: África Científica e Plurilingue.

Maria do Rosário Bragança que enalteceu o tema da conferência: “Empregabilidade e o empreendedorismo dos estudantes e dos aprendentes”, sublinhou que a estimulação e o desenvolvimento do empreendedorismo dos jovens nas universidades, não só promove o auto-emprego, acolhendo e apoiando a materialização de ideias inovadoras.

Ressaltou ainda que, o dividendo demográfico de países em franca expansão populacional com uma elevada faixa de população jovem, como é o “caso dos nossos países aqui representados”, dentre outros, só poderá seraproveitado com a criação de novos empregos, dignos, que contribuam para oaumento da renda das famílias, para o crescimento económico e para odesenvolvimento humano.

“Angola tem uma população com uma média de idade de 16.7anos, sendo cerca de 57% da população menores de 20 anos de idade, pelo que umdos maiores desafios do Executivo é a empregabilidade dos jovens,constatando-se ainda um baixo nível de auto-emprego estabelecido (cerca de10%), não obstante se reconheça que existe um elevado nível deiniciadores-empreendedores (estimado em 49,6%)”, apontou.

 

Durante o discurso, Maria do Rosário Bragança fez alusão àscondições que estão a ser criadas nos últimos anos no país para a melhoria doempreendedorismo, tendo destacado alguns resultados e acções em curso.

“No último quinquénio, 2017-2022, o Executivo angolanoiniciou um processo de actualização e de consolidação da base legal, quer doSubsistema de Ensino Supergior, assente na revisão da Lei de Bases do Sistemade Educação e Ensino, que data de 2017, quer do Sistema Nacional de CiênciaTecnologia e Inovação (SNCTI)”, informou.

 

Explicou ainda que, o novo regime jurídico do Subsistema deEnsino Superior (de 2020, que revogou o de 2009) consagra, na organização dasuniversidades, a inserção do empreendedorismo na Direcção de InvestigaçãoCientífica; inovação, Empreendedorismo e Pós-graduação da Reitoria, por sereste uma importante fonte de inovação, de criação de empregos e de crescimentoeconómico.

“Dada a relevância do empreendedorismo, está em curso oprocesso para a criação de um currículo sobre empreendedorismo nas Instituiçõesde Ensino Superior (IES), com o suporte do Reino dos Países Baixos, através doErasmus Centre for 5 Entrepreneurship, associado à Erasmus University ofRoterdam”, anunciou.

O objectivo, de acordo com a governante, é despertar otalento empreendedor dos jovens e aperfeiçoar as suas habilidades para oempreendedorismo, apoiando o desenvolvimento do Ecossistema de Inovação eEmpreendedorismo de Angola.

Para tal, adiantou, a Universidade Agostinho Neto (UAN) é umadas instituições que está integrada na fase inicial deste projecto com oErasmus Centre for Entrepreneurship, juntamente com outras três que nãomencionou.

“Desde 2021, está em curso, o processo de revisão da PolíticaNacional de Ciência e Tecnologia (PNCTI), que data de 2011, com o apoio daConferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) e doPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola”, revelou.

Segundo a ministra, estão a ser criadas, em várias IES,incubadoras de empresas e spin-offs para apoiar o desenvolvimento de ideiasinovadoras, estimular o empreendedorismo jovem e assegurar a ligaçãoUniversidade-Empresa.

“Foram criados 45 projectos de inovação destart-ups/spin-offs ou empresas nas IES, bem como dois grupos de programas deincubação com um total de 20 projectos, produto de uma parceria entre o ministério,o Banco Nacional de Angola e a UAN, de que resultou o Laboratório de Inovaçãodo Sistema de Pagamentos em Angola”, frisou.