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Empresário nega envolvimento em acto de corrupção em Angola

Cláudio Gomes
28/6/2021
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Foto:
DR

Em declarações à agência, o empresário angolano-brasileiro Valdomiro Dondo negou qualquer suspeita de investigação por eventual participação em actos de corrupção no país.

“Isso é especulação e não existe”, refutou o homem de negócio, desafiando quem de direito a apontar um negócio em que tivesse sido ilicitamente favorecido, que “não foi através de concurso, que não tenha sido aprovado pelo Tribunal de Contas”.

Segundo agência portuguesa de notícias, o empresário que detém uma participação minoritária de 10% na Luanda Medical Center (LMC), empresário não responde em nenhum processo na justiça angolana relacionado com suspeitas de corrupção, negando, inclusive, qualquer benefício nos seus negócios por alegada proximidade ao ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

“Ligações nunca tive nenhuma, mesmo com o antigo Presidente nunca fui recebido por ele, tinha sim relacionamentos como todos nós empresários que estamos aqui, temos que ter um bom relacionamento a nível do Governo, a nível de ministérios e isso tem sido o nosso esforço”, disse Valdomiro Dondo.

De acordo com a Lusa, o empresário é conhecido como um dos maiores empresários em Angola, com negócios em vários sectores económicos, sendo apontado em vários círculos como tendo relações de proximidade com vários dirigentes do Governo.

O homem de negócios garantiu, citado pela agência portuguesa de notícias, que em nenhum dos seus negócios teve apoio directo do antigo Presidente, dando o exemplo do LMC, centro médico privado, cujo edifício, em 2020, a Procuradoria-Geral da República anunciou a sua recuperação no âmbito de um processo de investigação patrimonial.

“De concreto, eu até gostaria que me apontassem um negócio que eu tive favorecimento, que não foi através de concurso, que não tenha sido aprovado pelo Tribunal de Contas (...)”, retorquiu Valdomiro Dondo.

Em Março do ano passado, avança a Lusa, o site de investigação Maka Angola, detido pelo jornalista angolano Rafael Marques divulgou uma matéria na qual questionava a legalidade dos negócios entre Valdomiro Dondo e o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), que entre 2004 e 2018 terá monopolizado contratos de cerca de dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros), de onde “está incluída a construção do LMC”.

O empresário angolano-brasileiro diz, no entanto, que sobre o mesmo tem apenas uma participação minoritária, de 10%, e que foi através de um investimento privado.

“Tive a oportunidade de comprovar às autoridades que os recursos do meu investimento foram aportados e a minha participação no empreendimento é como empresário privado e sou minoritário, sou um acionista minoritário do empreendimento”, frisou.

Já em relação a apropriação do edifício onde está instalado o LMC, pelas autoridades angolanas, o empresário disse desconhecer as razões que levaram o Governo a tomar essa decisão.

“Isso não posso julgar, quais foram as razões que levaram o Governo a tomar essa decisão, mas o que estamos fazendo e pleiteando é para que a nossa participação de empresário seja mantida”, salientou Valdomiro Dondo, rejeitando que seja alvo de qualquer processo na justiça angolana.

Valdomiro Dondo considera, em relação ao combate à corrupção levado a cabo em Angola desde 2017, que tem contribuído muito para a melhoria do ambiente de negócios.

“Nós empresários obviamente preferimos trabalhar, investir, num bom ambiente de negócios. Isso nos facilita no desenvolvimento de parcerias, de obtenção de financiamentos. Nesses últimos três anos temos constatado de uma forma bastante satisfatória um bom ambiente de desenvolvimento de negócios”, realçou.