A informação foi avançada em “primeira mão” por vários órgãos de comunicação da República Democrática do Congo, país onde nasceu, em 1972 e retomada por meios de diferentes países.
Sindika Dokolo era filho de um antigo banqueiro congolês e casado, desde 2002, com a filha do ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos.
Tão logo surgiram as primeiras informações sobre a morte do empresário, as reacções não se fizeram esperar. Michée Mulumba, assistente pessoal do Presidente congolês, Félix Tshisekedi, foi das primeiras entidades a apresentar condolências à família do malogrado.
“Foi durante um mergulho que partiu para a eternidade, uma actividade habitual, que o afastou da sua luta e dos seus ente queridos”, escreveu no Twitter.
Sindika Dokolo frequentou o liceu Saint Louis de Gonzague, em Paris, e prosseguiu os estudos na Universidade Paris Vi Pierre et Marie Curie.
Inspirado pelo pai, amante de arte, começou a sua colecção de arte quando tinha 15 anos e criou, mais tarde, a Fundação Sindika Dokolo para promover a arte e eventos culturais em diversos países.
Sindika Dokola e esposa, Isabel dos Santos, têm os negócios investigados pela Justiça angolana, na sequência das revelações do Consórcio Internacional de Jornalistas, conhecidas como “Luanda Leaks”. São acusados de lesar o Estado angolano em milhões de dólares e viram arrestados os bens e participações sociais em empresas, por determinação do Tribunal Provincial de Luanda.
A RELAÇÃO COM DOS SANTOS
Não era habitual Sindika Dokolo falar sobre José Eduardo dos Santos. Sabe-se que o antigo Presidente angolano apreciava a discrição e, talvez por isso, o marido de Isabel dos Santos falava pouco do sogro.
Quando abriu uma excepção, em entrevista a Lusa, revelou mais do que admiração: “Conheci a minha mulher na altura em que o meu pai morreu. Essa perda foi uma ferida muito profunda para mim. Na sequência disso, o meu sogro tornou-se o meu pai espiritual. O meu pai de substituição.”