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EPAL prevê fim das interrupções no fornecimento de água em Luanda até 2027

Victória Maviluka
22/3/2024
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Foto:
DR

Hoje, 22 de Março, celebra-se o Dia Mundial da Água. Ministério da Energia e Águas realiza, em Luanda, uma conferência sobre o ‘precioso líquido’.

A EPAL, Empresa Pública de Águas de Luanda, espera que, com a entrada em funcionamento, entre 2026 e 2027, dos projectos Bita e Quilonga, as interrupções no fornecimento do ‘precioso líquido’ na capital do País cheguem ao fim.

Kelson Domingos, administrador Executivo da EPAL, explicou que o sector da Água precisa de registar o mesmo percurso estratégico percorrido pelo segmento da Energia, com aposta séria na produção.

“Uma estratégia bem-sucedida do sector eléctrico foi investir, primeiro, na produção e, depois, na distribuição. Fizeram-se investimentos consideráveis e os resultados estão à vista”, espelhou, referindo-se a projectos hidroéctricas como Cambambe e Laúca e ao Ciclo Combinado do Soyo.

Falando nesta quinta-feira, 21, à Rádio Nacional de Angola (RNA), Kelson Domingos disse que, para o caso das Águas, tratando-se de um segmento cujos investimentos “são faseados”, o que ocorreu, particularmente em Luanda, é que “se pressionou em demasiado” a distribuição “sem, antes, a produção estar “totalmente assegurada”.

Este desfasamento, na óptica do dirigente da EPAL, está a gerar constrangimentos do ponto de vista da exploração: “Mas os investimentos estão orientados, à semelhança do sector Eléctrico, para podermos, rapidamente, estabilizar a produção”.

Observou que, se ocorrer conforme programado, a partir de 2026, a empresa vai aumentar “consideravelmente a produção” de água, e, até 2027, projecta dar um fim às interrupções no fornecimento de água na capital do País.

Para tal, a EPAL espera pela conclusão das obras do Bita e do Quilonga, projectos que, segundo Kelson, estão a ser implementados, não obstante o registo de algumas dificuldades na continuação dos trabalhos em relação ao Quilonga, por questões de tesouraria.

“Neste momento, o projecto Bita já conta com 12 meses de avanço nos trabalhos, em relação àquilo que é o cronograma de 36 meses de implementação. Em relação ao Quilonga, temos muitas obras já iniciadas já. (...) No entanto, aí o financiamento caiu, não foi possível viabilizar. E estamos, neste momento, a terminar as negociações, que culminem com o arranque das obras novamente”, perspectivou.

Esclareceu que a entrada em funcionamento do Bita vai permitir, por um lado, assegurar a regularidade do fornecimento de água em áreas já servidas, nomeadamente os municípios de Luanda, Cazenga, Kilamba Kiaxi; e, por outro lado, garantir novos acessos.

“Municípios em expansão, como é o caso do município de Belas, onde as pessoas não têm sequer ainda a rede domiciliar, ou seja, estão pior que os outros, porque nem sequer têm água com irregularidade, passarão a ter água como primeiro acesso. Mas há-de permitir, também, melhorar o abastecimento de água nos municípios já consolidados”, afirmou. 

Com o arranque do projecto Quilonga, fez saber Kelson Domingos, espera-se uma maior incidência no abastecimento de água no município de Viana e nas áreas de expansão, com o lançamento de redes de distribuição, que se vão estender para o município de Cacuaco, alcançando novos utilizadores.

“Isso vai, basicamente, conferir maior produção. Nós esperamos, por esta altura [2026, 2027], estabilizar, como fez o sector Eléctrico, acabar com as interrupções no fornecimento da água, seja do ponto de vista da quantidade, como do ponto de vista da qualidade”, assegurou o administrador Executivo da Empresa Pública de Água de Luanda.

Hoje, 22 de Março, celebra-se o Dia Mundial da Água. Para assinalar a efeméride, o Ministério da Energia e Águas realiza, nas Instalações da Estação de Tratamento de Água da EPAL, na Centralidade do Kilamba KK5000, em Luanda, uma Conferência sobre Água.