Num encontro promovido esta semana pela CyberSecur, empresa angolana especializada em cibersegurança, que visou informar os jornalistas sobre a Segurança da Informação e os Crimes cibernéticos, o especialista disse que o país “está vulnerável” aos ataques cibernéticos. Indicando dados fornecidos em tempo real por uma solução tecnológica de rastreio e proteção de ataques cibernéticos, que alertava para mais de 200 tentativas de ataques cibernéticos nas últimas 24 horas em Angola.
Filipe Quiteque disse também que o investimento neste sector ainda “é muito baixo” e que o país carece de políticas de desenvolvimento de protecção contra crimes desta natureza.
Citando o National Cybersecurity Index, o especialista disse que Marrocos era o país africano mais bem posicionado no raking, tendo se fixado na posição 91 em 2019, passando, um ano mais tarde, para a posição 109. Um ano depois, isto em 2022, passou para posição 30 e actualmente está na posição 29. Angola, por sua vez, estave na posição 138 (2020), e ntre 2021 a 2022 passou para 145. Contudo, actualmente o país regrediu para a posição 148, o que na óptica de Filipe Quiteque, constitui ser um factor “preocupante” e que denota que “há um desinvestimento”.
Em relação ao investimento na educação em matérias de cibersegurança, cuja pontuação máxima é 9, Marrocos está na posição 8 diferente de Angola que se situa na posição zero. “Marrocos começa a investir na educação da cibersegurança desde o ensino primário, ao passo que, em Angola, o tema aparece apenas como um tópico da cadeira de redes no plano curricular do ensino superior e não como uma cadeira. Já a nível de resposta a incidentes, Angola ocupa a posição zero e Marrocos encontra-se em três e na luta contra os crimes cibernéticos estamos igualmente em zero e Marrocos em um”.