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"Estado deve criar condições para que os investimentos privados tenham maior rentabilidade"

Joaquina Dungue
6/2/2023
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Foto:
DR

O Ministro de Estado para a Coordenação Económica disse que o Estado e o sector privado devem andar interligados visando resolver problemas que o país enfrenta e alcançar bons níveis de retorno.

As declarações de Manuel Nunes Júnior foram prestadas recentemente, em Luanda, durante o Fórum Nacional da Indústria e Comércio, que juntou entidades governamentais, comerciantes e industriais do país.

O responsável reconheceu também a necessidade de continuar a trabalhar com disciplina e foco para que nos próximos anos Angola seja auto-suficiente no que respeita à produção alimentar.

“Temos de deixar de importar alimentos de amplo consumo popular e produzi-los domesticamente, ao mesmo tempo que devemos diversificar as nossas importações”, acrescentou.

Cadeia de abastecimento alimentar

De acordo com a Directora Nacional do Comércio Interno, Edna Capalo, não se pode falar de abastecimento alimentar e de autossuficiência alimentar sem falar daquilo que se está a produzir.

Edna Capalo avançou que na última campanha agrícola foram produzidos cerca de 5 mil hectares.

“Já há algum tempo que estamos com o compromisso de promover a agricultura mas por si só não tem pés, não consegue andar se esta não tiver um grande compromisso com o comércio”, disse.

A responsável afirmou que a produção deve cair para um centro logístico ou um mercado abastecedor e este por sua vez vai fazendo as diferentes etapas, até chegar ao consumidor final.

Edna Capalo lamentou o facto de a actividade comercial não ser proporcional a nível do país, a concentração da actividade comercial ainda está no centro da cidade, em Luanda, o que para a responsável constitui um desafio para a expansão da rede comercial.

“Nós temos cidades que se conta o número de grossistas ou retalhistas, isso cria uma grande desproporção porque o produtor se não tiver como fazer o escoamento perde logo, alguém terá que pagar, e esta factura será embutida no consumidor final, as infraestruturas para além de garantir o escoamento dão a garantia, incentivo, estímulo para quem está a produzir”, disse.

A par das infraestruturas, Edna Capalo apontou também a existência do desafio do fomento ao comércio no ramo não alimentar, porque em termos de tipologia, actualmente o grosso da actividade comercial a sua maioria está concentrada no ramo alimentar.