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Este país não é para pessoas com deficiência

Angela Canganjo
20/2/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

Dificuldades para usar os transportes públicos – pior se forem públicos –, dificuldades para estacionar, atravessar estradas usando as passadeiras aéreas e para aceder à residência ou sair dela.

E se essa é a realidade da vida de pessoas com deficiência física em Angola, a sua condição psicossocial também se degrada pelo aumento do preconceito e pela ausência ou ineficiência de programas de (re)integração na sociedade. No país, 656.258 pessoas padecem de alguma deficiência, sendo 365.858 homens (56%) e 290.400 mulheres (44%). As províncias do Cunene, Moxico, Cuanza Norte, Huíla e Bié são as que apresentam maior número de casos, de acordo com dados do Censo Geral da População e Habitação, que serviu de base para o relatório inicial de Implementação da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Por categoria, a deficiência mental é a mais representativa, com 89.186 casos, seguida da paralisia (85.465) e da amputação dos membros inferiores (73.939). Em termos de idade, há uma maior incidência nas pessoas que têm entre 24 e 60 anos (326.390), seguindo-se as que se encontram na faixa etária entre 5 e 14 anos (113.325).

Leia mais na edição de Fevereirode 2019

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