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Estudo aponta atracção de talento em cibersegurança entre os principais desafios das organizações africanas

Cláudio Gomes
27/3/2023
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Foto:
DR

Um dos principais desafios no capítulo da cibersegurança está relacionado com a atracção de talento, sendo que duas em cada três empresas têm dificuldades no recrutamento e retenção de profissionais.

A conclusão está patente na primeira edição do Cibersegurança – Africa Cyber Security Outlook, que procura compreender o estado actual das organizações africanas, e as suas prioridades futuras em matéria de cibersegurança, que dá conta que as empresas reconhecem a importância da temática, tanto é que 55% das inquiridas planeiam recrutar em breve especialistas para a área decibersegurança.

Segundo o inquérito realizado em 2022 e lançado recentemente em Luanda pela KPMG, conforme nota consultada hoje pela Economia & Mercado, um terço das organizações africanas radiografadas no estudo admite ter sido alvo de um ciberataque nos últimos 12 meses, tendo como principais consequências o comprometimento do e-mail empresarial.

Perante este cenário, a análise que abrangeu interlocutores de vários sectores de actividade económica, sendo grandes (44%), pequenas e médias empresas (56%), revela que as organizações estão a dar cada vez mais importância à aplicação de medidas de protecção, com cerca de 75% dos inquiridos a indicar que tem estratégias de cibersegurança regularmente actualizadas, ou adaptadas ao perfil de ameaças identificado.

“A análise foi realizada pela KPMG junto de 300 pessoas, localizadas em várias geografias do continente Africano, nomeadamente Angola, África do Sul, Benim, Gana, Moçambique, Nigéria, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Zâmbia. Os sectores financeiro, de energia e recursos naturais, de indústria e as TIC são os mais afectados pelas ameaças cibernéticas, que têm vindo a aumentar à medida que a pegada digital das organizações vai crescendo”, lê-se na nota que salienta que o estudo que procurou compreender o estado actual e as prioridades das organizações em matéria de cibersegurança.

De acordo com o documento da consultora, as empresas têm estado a investir cada vez mais na sua estratégia de cibersegurança, o que, poderá significar uma redução de 50% da probabilidade de virem a ser vítimas de um incidente de cibersegurança de grandes proporções.

Para o Head of Advisory da KPMG Angola, é fundamental que as empresas integrem o risco cibernético nas suas estratégias de negócio.

Citado na nota, Carlos Borges explica que a proliferação de serviços digitais veio ampliar ainda mais a superfície de ataques cibernéticos e aumentar a urgência de adopção de medidas de protecção. “Este estudo faz uma ‘radiografia’ ao estado da cibersegurança no continente Africano e mostra-nos que as organizações africanas estão a trabalhar na implementação de estratégias eficientes”, refere, advertindo, em contrapartida, que “há ainda um importante caminho a percorrer”.