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EUA, Rússia, China, França e Coreia do Sul ‘disputam’ contrato para construir primeira central nuclear do Gana

Sebastião Garricha
22/5/2024
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Foto:
DR

Actualmente, o Gana enfrenta cortes de energia e tem uma capacidade instalada de 5.454 MW, dos quais 4.483 MW estão disponíveis, de acordo com o regulador de energi do país.

O Gana escolherá, até Dezembro do ano corrente, uma empresa para construir a sua primeira central nuclear, projectada em 2006 com a assistência da Agência Internacional de Energia Atómica, após ‘fracasso’ em 1960, por força de ‘um golpe de Estado’.

Segundo Robert Sogbadji, vice-diretor de energia encarregado de energia nuclear e alternativa, a lista de concorrentes para construir a infraestrutura inclui a francesa EDF, a NuScale Power e Regnum Technology Group, com sede nos EUA, e a China National Nuclear Corporation.

Citado pela Reuters, o governo refere que além dessas, da lista constam a sul-coreana Kepco e sua subsidiária Korea Hydro Nuclear Power Corporation, juntamente com a russa ROSATOM.

"O gabinete aprovará a escolha final. Pode ser um fornecedor ou duas nações; dependerá do modelo financeiro e dos detalhes técnicos", disse Robert Sogbadji.

Sogbadji afirmou que Gana pretende adicionar cerca de 1.000 MW de energia nuclear ao seu cabaz eléctrico até 2034.

Actualmente, o Gana enfrenta cortes de energia e tem uma capacidade instalada de 5.454 MW, dos quais 4.483 MW estão disponíveis, de acordo com o seu regulador de energia.

Num relatório consultado pela E&M, a Business Insider afirma que o Gana é um dos vários países da África Ocidental que recorrem à energia nuclear como fonte de energia de baixo carbono para expandir o acesso à electricidade num continente onde mais de 600 milhões de pessoas ainda não a têm.

Refere, também, que o Burkina Faso e o Uganda assinaram acordos com a Rússia e a China para construir as suas primeiras centrais nucleares, enquanto o Quénia, Marrocos e a Namíbia também estão a trabalhar para integrar a energia nuclear nas suas redes eléctricas.

A África do Sul, que opera a única central nuclear do continente, planeia adicionar 2.500 megawatts (MW) de energia nuclear para resolver a grave escassez de energia.